Semana de Orientação da Pedagogia

Semana de Orientação da Pedagogia OSDM

Já estamos no segundo ano de uma vivência que jamais esperávamos que teríamos. Momentos como este, seja individual ou coletivamente, nos requerem um olhar sobre a vida com responsabilidade e maturidade, para não esbravejarmos contra aquilo que não podemos mudar e valorizar o que podemos fazer por nós mesmos (e ao nosso próximo!).

Sabemos que as coisas estão no modo: “tá difícil!”. Mas, este novo “modo” de vivermos não deve ser motivo para procrastinarmos, o que, aliás, somos mestres em fazer. Diante deste quadro geral e das observações inerentes ao trabalho realizado na Obra Social Dona Meca, a pedagogia percebeu a necessidade de falarmos sobre: “Rotina”. O tema abordado, na Semana de Orientação, foi “A Importância da Rotina para o Desenvolvimento Infantil” e, apesar do enfoque ser maior nas crianças, falamos, também, em como os pais podem impactar positiva ou negativamente em suas próprias vidas – e nas de seus filhos.

Conversamos sobre pontos importantes no desenvolvimento infantil e o impacto que a falta de uma prática costumeira pode trazer em vários âmbitos, sejam eles físicos, cognitivos, emocionais e, até mesmo, bioquímicos/metabólicos. Enfatizamos a importância de uma alimentação regrada, tanto do ponto de vista dos intervalos entre as mesmas, quanto na qualidade dessa alimentação. Outro ponto importante é o sono e como horários desregrados causam mudanças de humor, comportamento e aprendizagem. Também conversamos sobre como as telas (tablet, celulares e computadores) entraram fortemente nessa rotina – lembrando que é necessário conversar com os pequenos sobre o uso funcional, o que antes estava ligado somente ao prazer dos jogos/vídeos e o equilíbrio no tempo de permanência dessas ferramentas.

O último item abordado nesta Semana de Orientação – mas não menos importante! – tratou de: dentro deste tempo organizado, não esquecermos do tempo livre, para a criança fazer “o nada”. Oferecer a ela brinquedos e brincadeiras, o quanto for possível longe das telas longe das telas (o máximo possível), que estimulem a coordenação motora, o espírito de equipe, o “ganhar e perder” e, principalmente, através desses momentos, enriquecer a relação com a própria família.

Texto escrito por Tânia Oliveira – Pedagoga da Obra Social Dona Meca – contato: t.oliveira@osdm.org.br

Luto

Uma Conversa sobre Luto

Nos tempos atuais, lidamos com diversas perdas, dentre elas, a morte de pessoas queridas por nós. Este é um evento estressor na vida das pessoas, que gera sofrimento e diversas alterações, sejam elas psicológicas, fisiológicas ou comportamentais. O luto é um estado emocional de tristeza, uma sensação de vazio. As crenças sobre a perda de um ente querido são reforçadas pelo entendimento que o indivíduo estabelece com a morte.

É importante entendermos que o luto é um processo e que cada um precisa de um tempo de elaboração. Geralmente, passamos por estes cinco estágios, a saber:

  • Negação – recusa a confrontar a situação;
  • Raiva – revolta, questionamentos, busca de culpados;
  • Barganha – tentativa de negociar ou adiar a morte, desejo de ultima chance;
  • Depressão – repensar, processar a vida e o que foi feito ou deixou de fazer;
  • Aceitação – maior serenidade frente ao fato de morrer, expressar de forma mais clara os sentimentos, frustrações e dificuldades. 

A compreensão da criança sobre a morte difere do adulto: antes dos 3 anos, este entendimento é apenas de ausência e falta.

Em seguida, esta começa a se perguntar: “se foi culpa sua”, “se palavras ou pensamentos evitariam a morte” e, só depois, começa a entendê-la como algo inevitável. Então, conforme amadurece cognitivamente, apropria-se deste conceito. É importante escutar e permitir que ela fale sobre o assunto, pois o que gera sofrimento não é falar sobre a morte e sim a morte em si. É importante escutar e permitir que ela fale sobre o assunto, pois o que gera sofrimento não é falar sobre a morte e sim a morte em si.

Algumas orientações válidas para lidar com as crianças são:

  • Seja direto e não omita a verdade, poupando apenas os detalhes desnecessários;
  • Tome cuidado com conceitos vagos para não confundir ainda mais a criança;
  • Não esconda sua tristeza, valide este sentimento e esteja aberto a falar sobre isso;
  • Faça um momento simbólico de despedida independente de comparecer ao velório;
  • Procure retornar a rotina da criança assim que possível.

Texto escrito por Nívea D’Alincourt – Psicóloga da Obra Social Dona Meca – contato: n.dalincourt@osdm.org.br

Faça uma Festa Beneficente!

O conceito pode até ser novo para algumas pessoas, mas o gesto, nem tanto. Você, provavelmente, já deve ter sido chamado para alguma festa onde os celebrantes pedem que, ao invés de presenteá-los, os convidados levem: uma lata de leite, um pacote de fraldas ou outro item (do qual a Instituição em ele confia possa estar necessitando).

De fato, esta é uma belíssima ação e contribui · e muito! · com Instituições que, assim como a OSDM, desenvolvem seu trabalho de forma beneficente, sem visar o lucro. Pensando nisso, há mais de 3 anos, surgiu uma Plataforma visando contribuir e facilitar estas iniciativas.

Dentro da Presente Consciente, você pode criar a sua festa (e gerar um link único, através do qual você convida seus amigos e familiares a participarem da mesma).

Ao invés de darem presentes, os convidados doam valores para a Instituição previamente escolhida, tudo de forma bem simples e direta. Além disso, os convidados, ao contribuírem com o evento, ganham um merecido agradecimento e a possibilidade de envio de um cartão virtual, demonstrando seu carinho e apreço a você, aniversariante.

O anfitrião e a Instituição escolhida acompanham toda a movimentação e, por meio de um Relatório Final, o primeiro é informado sobre quanto foi gerado em doação e de que forma.

“Qualquer evento é uma oportunidade de fazer o bem: aniversários, casamentos, bodas, batizados, Natal, Dia das Mães e, é claro, festinhas infantis! Seu filho pode, inclusive, ajudar na escolha da Obra Social Dona Meca. Porque não há idade para fazer uma boa ação!”

Texto escrito por Leonardo Rocha- Membro do setor de sustentabilidade da  Obra Social Dona Meca – contato: l.rocha@osdm.org.br

 

 

Os Benefícios dos Desportos para Crianças com Deficiência

A nomenclatura “desporto”, que tem como sinônimo a palavra “esporte”, relaciona-se a qualquer exercício físico que tenha federações e regras oficiais que o regem. Entretanto, o desporto não é somente aquele praticado por atletas profissionais, inscritos nas respectivas federações e seguindo as regras oficiais. Ele também pode ter suas regras adaptadas, passando a ser uma atividade lúdica, para fins de diversão, confraternização e/ou disputa não oficial, seja ele jogado de forma individual ou coletiva.

Pensando na possibilidade de todos praticarem esportes e sabendo da importância que os mesmos possuem (não só à saúde, mas também em aspectos sociais, cognitivos e motores do ser humano), em 1944, o médico alemão Ludwig Guttmann criou adaptações em alguns esportes, visando a recuperação dos soldados que retornavam com lesões (principalmente medulares), da II Guerra Mundial. Guttmann tinha como objetivo não só dar a esses soldados possibilidades de realização de exercícios físicos, mas, também, de ressocialização, independência e que se sentissem ativos novamente.

Com esta visão (reintegrar tais soldados, de alguma forma, à sociedade), o médico alemão foi considerado o pai dos paradesportos e influenciou ativamente a criação dos jogos paraolímpicos, de outras competições, além de eventos voltados para as pessoas com deficiência. Assim, mostrou ao mundo que o esporte pode ser praticado por qualquer pessoa e salientou a importância do mesmo para o indivíduo que possui alguma deficiência, pois, através dele, o “sujeito” entende o respeito às regras, socializa, tem contato com a euforia da vitória ou aprende a lidar com a frustração da derrota. Tudo isso demonstra que o exercício físico em si trata-se de mais um quesito, quando falamos sobre esportes adaptados.

Desta maneira, o desporto pode ser considerado um transformador de vivências e sua prática vai além do desenvolvimento motor, melhorando a qualidade de vida de seu praticante e, nos casos em que o praticante possui alguma deficiência, seja ela qual for, serve ainda como meio de reabilitação (social, cognitiva ou motora), agindo como uma das formas de inserir esse indivíduo à sua comunidade.

Podemos ver a importância dessa prática na OSDM, pois tal atividade permite às nossas crianças a possibilidade de praticarem não apenas um exercício físico, mas também o treinamento de todos os aspectos já citados. Além disso, possibilita aos mesmos que conheçam e executem novos movimentos, atividades, jogos e brincadeiras (que podem ser realizados em qualquer lugar e com outras pessoas, levando estas dinâmicas para os seus meios e, assim, usufruindo delas como formas de diversão, socialização, além, claro, da prática do próprio esporte em si).

Texto escrito por Adriano Lopes – Professor de Desporto da Obra Social Dona Meca – Contato: a.lopes@osdm.org.br.

 

 

Semana de Orientação da Psicomotricidade

No mês de Abril, tivemos a Semana de Orientação do Setor de Psicomotricidade. Devido à pandemia, a ação sofreu adaptações para adequá-la de acordo com os protocolos de segurança.

O trabalho de orientação apresenta estratégias e ferramentas para direcionar o comportamento das crianças a favor da relação saudável entre pais e filhos, com o olhar para a construção do desenvolvimento da criança – tanto a curto como a longo prazo.

Através de uma plataforma online, foram realizados dois encontros em data e turno diferentes, para que os responsáveis pudessem se organizar e escolher o melhor dia para participar. 

O tema escolhido para este ano buscou mostrar às famílias a importância de estimularem seus filhos desde os primeiros meses de vida, e as consequências quando isso não ocorre.

“Psicomotricidade e o que acontece quando não é desenvolvida de maneira eficaz”, foi um ótimo tema para esclarecer qual o papel desta ciência, em quais áreas ela atua, as consequências (quando tais áreas são pouco estimuladas na infância) e qual o seu papel no processo de aprendizagem.

As diretrizes foram esclarecedoras e cheias de conhecimentos. As famílias participaram tirando suas dúvidas, compartilhando experiências e participando das dinâmicas propostas pela Terapeuta.

Texto escrito por Thayanna Hoffmann – Psicomotricista da  Obra Social Dona Meca – contato: t.hoffmann@osdm.org.br

 

 

 

Os Benefícios da Dança para Crianças com Deficiência

A Dança acompanha o homem desde os tempos mais remotos – quando este imitava os animais para favorecer sua caça ou, até mesmo, invocava / agradecia as forças da natureza. Sendo a arte mais antiga que o homem experimentou, ela acompanha a evolução e transformação das civilizações.

Capaz de materializar os nossos sentimentos mais íntimos por meio dos movimentos, a dança permite que possamos nos expressar de maneira leve, completa e verdadeira. São infinitos os seus benefícios como a promoção de saúde, alívio do stress e tensão, desinibição, autoestima, fortalecimento muscular e muitos outros. Porém, a liberdade talvez seja a maior sensação a ser vivenciada.

Quando olhamos para as pessoas com deficiência, não existe nenhuma informação acima a ser desconsiderada ou modificada. A dança é resultado das experiências de toda nossa história, e isso inclui todos, sem exceção. A Dança adaptada e inclusiva busca atender a todos os corpos, onde é respeitada a individualidade de cada pessoa e, ao mesmo tempo, construímos um coletivo que pode se expressar através de seus corpos.

As crianças da OSDM vivenciam essa modalidade de maneira lúdica, abrangente e, acima de tudo, livre. Aqui, a dança é um instrumento de desenvolvimento, liberdade de expressão, aquisição e transformação de culturas, autoconhecimento e interação com o mundo!

Texto escrito por Bruno Araujo – Professor de Dança da OSDM – contato: b.antonio@osdm.org.br

 

 

OSDM na luta contra a Covid-19

No dia 19 de Março, através da doação de kits de testes de anticorpos IGG e IGM qualitativos, Sars-cov-2, feita pela Criticare Produtos Cirurgicos, a Obra Social Dona Meca conseguiu realizar a verificação para detecção da Covid-19 em todos os funcionários da Instituição (Sede e seus dois Abrigos – Casa Lar Dona Meca e Casa Lar Balthazar).

Um momento de crise é também uma oportunidade de união e colaboração dentre a família OSDM. Mais do que nunca, a solidariedade está fazendo a diferença no enfrentamento à pandemia. Com essa motivação, lideramos um amplo movimento para combater o coronavírus em parceria com empresas. E seguimos mobilizando recursos e empenhando esforços na luta contra o vírus.

Os esforços da OSDM para conter a expansão da Covid-19 continuam, e a manutenção das medidas preventivas é fundamental. Usar máscara de proteção, manter os cuidados básicos de higiene e evitar aglomerações, mesmo com a flexibilização do isolamento, são medidas imprescindíveis enquanto perdurar a pandemia.

Nossa Sede está funcionando nos dias úteis, em horário comercial, sendo respeitadas todas as recomendações de prevenção de riscos e propagação do novo coronavírus.

Os abrigos mantêm-se com cuidados multiplicados, Equipe alerta e nossos pequenos / jovens bem e protegidos!

Texto escrito por Leonardo Rocha – Membro do Setor de Sustentabilidade da Obra Social Dona Meca – contato: l.rocha@osdm.org.br

 

Funcionário OSDM fazendo teste PCR para detecção da Covid-19

Funcionária da OSDM fazendo o teste PCR para detecção da Covid-19

 

Bruno (professor de dança da OSDM) palestrando para os pais

“Coragem para Empreender” é Tema de Palestra na OSDM

Motivados a encontrar soluções em meio à crise, nossa palestra sobre A CORAGEM PARA EMPREENDER abordou, de maneira conceitual e prática, as possibilidades que cada indivíduo pode criar para se tornar dono do seu próprio destino.

Em um mundo onde a escassez de oportunidades e a desigualdade social se fazem cada vez mais presentes, a espera por soluções que venham “dos outros” pode ser muito prejudicial e impactar negativamente a vida de muitas famílias.

Todos nós temos talentos / expertise em algo que muitas pessoas precisam neste momento. Sendo assim, o desafio está em criar a coragem para gerar suas chances, conduzir seu sonho de maneira inteligente e encontrar tais pessoas que consomem sua entrega.

O medo de “não dar certo” é natural, porém, ele não pode ser determinante em suas ações. Discutimos diversas formas e possibilidades de empreender, levando em consideração os principais passos que precisam ser bem pensados e executados. Aprendemos com histórias de sucesso e indicamos instituições que apoiam essas iniciativas.

Gracie Kelly (mãe de uma criança atendida pela OSDM) nos contou sobre sua experiência com a palestra: “Eu como mãe e provedora do sustento da minha casa, fico feliz em poder ter participado da palestra. Foi de muito proveito! Acho que não só eu mas quem estava lá. Tivemos uma luz e, de certa forma, nos sentimos úteis e capazes de ajudar”.  

Nosso principal objetivo foi encorajar nossas famílias e oferecer o conhecimento necessário para tirar o sonho de empreender do papel e começar a escrever uma nova história.

Texto escrito por Bruno Araujo – Professor de Dança da OSDM – contato: b.antonio@osdm.org.br

 

Professor de Dança da OSDM (Bruno) palestrando

Slide da Palestra "A Coragem para Empreender"

 

Os Benefícios da Capoeira para Crianças com Deficiência

A Capoeira é uma atividade física genuinamente brasileira, catalisadora de aspectos psicomotores fundamentais para o desenvolvimento integral do indivíduo, rica em movimentos, musicalidade e dimensões artísticas.

Na Obra Social Dona Meca, esta atividade esportiva tem a função de ser um instrumento de transformação para as crianças e adolescentes, desenvolvendo o protagonismo necessário para adquirirem autonomia e uma maior qualidade de vida.

Emoção e alegria marcaram o início dos atendimentos no setor de Capoeira. Nossos pequenos tiveram os seus primeiros contatos com os movimentos e as sonoridades do esporte. Alguns pareciam já terem vivenciado parte desse “universo”. É como se os instrumentos fossem “peças” conhecidas deles. Outros divertem-se e os têm como: mais um brinquedo, despertando sorrisos e alegria a cada batucada.

Com as atividades desenvolvidas no setor de Capoeira, promovemos a inclusão social das crianças e adolescentes com deficiência, em contexto multidisciplinar, através dos movimentos, ritmos e cadências, com foco no desenvolvimento integral, ou seja, um desenvolvimento motor, cognitivo, social e cultural.

Texto escrito por: Alexandre David – Professor de Capoeira da Obra Social Dona Meca – a.davi@osdm.org.br

 

 

A Eficiência do Telemonitoramento OSDM

Em função da pandemia do COVID-19, foi necessária uma atuação diferente de toda a Equipe Técnica.

Em Abril de 2020, iniciamos o planejamento e, em Maio, o atendimento por telemonitoramento. As atividades eram transdisciplinares e planejadas pela Equipe Multiprofissional, de forma a atender minimamente a manutenção das aquisições terapêuticas e pedagógicas das crianças.

Entre Maio e Dezembro de 2020, foram produzidos (filmados e editados), em média, 20 vídeos por mês, para serem enviados a diferentes grupos – formados pela semelhança de objetivos terapêuticos. Este empenho totalizou 3.523 vídeos enviados – individualmente! – ao WhatsApp dos responsáveis dos beneficiários atendidos. Obtivemos o retorno de 1.525 vídeos (crianças realizando as atividades em casa, gravadas pelos responsáveis), o que representa um percentual de engajamento de 43%.

Com esta nova forma de atuação, conseguimos observar alguns aspectos importantes:

  • Engajamento da família
  • Manutenção de rotina
  • Comportamento do beneficiário, bem como atenção, concentração, percepção visual, aceitação de regras e limites, coordenação motora fina e global, dentre outros aspectos.

Mesmo com toda mudança e dificuldades elencadas, as famílias se mobilizaram e enviaram 1.525 feedbacks dos pequenos e jovens executando as ações em seus próprios lares! Tal feito nos impulsionou a continuar este árduo trabalho (mesmo após o retorno parcial de alguns atendimentos presenciais), uma vez que esta retomada ficou a critério dos responsáveis que se sentissem seguros para a vinda à Instituição, respeitando – claro e sempre! – todos os protocolos sanitários.

Texto escrito por: Equipe Terapêutica OSDM e Mary Lucy Paz – Membro do Setor de Sustentabilidade da Obra Social Dona Meca – ml.paz@osdm.org.br