Vamos falar sobre Autismo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Entrou em vigor, no dia 1° de Janeiro de 2022, a nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID – 11), lançada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A versão anterior – CID-10 – trazia vários diagnósticos dentro dos Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD — sob o código F84). Já a nova versão da classificação, une todos esses diagnósticos no Transtorno do Espectro do Autismo (código 6A02) e as subdivisões passaram a ser relacionadas aos prejuízos na linguagem funcional e deficiência intelectual. A exceção ficou somente por conta da Síndrome de Rett (antigo F84.2), que não entrou nessa unificação e, agora, fica sozinha na nova CID-11, com o código LD90.4.

Esta mudança tem por objetivo facilitar a classificação – feita através de avaliação médica – e as diretrizes a serem tomadas no plano terapêutico de cada indivíduo diagnosticado com TEA.

O TEA não tem cura, mas, assim que se recebe tal diagnóstico, o mesmo vem acompanhado de indicações para terapias de reabilitação: Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Psicologia, Psicomotricidade, dentre outras.

Nosso papel – enquanto terapeuta – é acolher esta família, avaliar a criança e traçar estratégias que facilitem o aprendizado das habilidades de interação social e comunicação.

O mais importante no processo terapêutico é a participação da família. Pensemos juntos: a criança se sentirá mais segura em comunicar com o terapeuta – que ela acabou de conhecer – ou com a mãe? O terapeuta terá acesso à criança uma vez na semana, por uma média de 30 minutos, mas a família estará com a criança por todo o tempo.

Portanto, para que a terapia realmente traga um impacto positivo ao beneficiário e sua família, é importante que todos participem ativamente do processo. Os terapeutas entendem de TEA e os pais são especialistas em seus filhos.

Se conseguirmos formar uma potente “Equipe Terapeuta, Família e Escola”, os resultados serão sempre positivos!

Valorize sempre o que seu(sua) pequeno(a) tem de bom, brinque e incentive para que ele(a) brinque também. Afinal, além do diagnóstico de TEA, ele(a) é CRIANÇA! Ele(a) pode gostar de montar torres com peças de encaixe, mas também pode não querer esta brincadeira e preferir pegar-pega. O ponto de partida para favorecer a interação é sempre o que a criança gosta, o que a criança quer… somente depois que criarmos o vínculo de interação e comunicação, podemos ofertar novas opções.

Lembre-se: o ser humano só se comunica quando deseja uma resposta ou ação do outro. Esteja disponível para que a comunicação aconteça!

 

Texto escrito por: Raquel Gomes – Fonoaudióloga da Obra Social Dona Meca – r.gomes@osdm.org.br

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