Arraiá Dona Meca

Dois anos se passaram, e cá estamos nós novamente. O Arraiá Dona Meca deu as caras e mostrou, mais uma vez, que solidariedade e diversão são combinações perfeitas.

A saudade do nosso arraiá apertou no peito de muita gente, a falta era tanta que não poderíamos deixar a oportunidade passar, por isso, nos dias 05 e 06 de agosto, a OSDM entrou no clima e colocou sua quadrilha na rua.

Foram meses de preparo, uma logística que movimentou toda a Instituição, doadores, voluntários e a nossa comunidade, para que no fim, acontecesse um verdadeiro show.

Canjica, bolo de milho, cuscuz, quadrilhas, bandeirinhas e trajes típicos, o que não faltou foi animação e espírito de equipe para que a nossa festa acontecesse.

Nas apresentações, a tia Andréia, da dança, colocou os nossos pequenos para mandarem ver no palco. Tivemos show solo feminino, masculino e a tão esperada quadrilha, ninguém ficou de fora!

O repertório musical no primeiro dia de festa ficou por conta do grupo Samba D’Passistas, que finalizou a nossa noite com os melhores sambas e pagodes. No sábado, além das nossas apresentações, a dupla Iran Santana e Ivan Oliveira deram um verdadeiro show, contamos também com a alegria do Palhaço Xulipa, levando as nossas crianças ao delírio com tamanha animação e alegria, e fechando a noite, o trio Amargô ficou responsável em trazer o bom e velho forró pé de serra para a nossa festa.

O nosso coração fica quentinho em ver o tamanho da solidariedade que nos acolhe, aproveitamos para agradecer a todos os nossos colaboradores, que colocaram a mão na massa com muita garra e fizeram essa festa acontecer; as nossas mãezinhas, que tanto nos ajudram e apoiaram; a nossa comunidade, por sempre se fazer presente, e aos nossos voluntários, por todo tempo e atenção disponibilizados.

A festa jamais pode parar, depois de todo sucesso, ficamos com aquele sentimento de saudade, mas com a certeza de que estaremos juntos mais uma vez nas próximas que virão. Dito isto, nos vemos no ano que vem!

Texto escrito por: Luiza Mattos – Comunicação e Marketing da OSDM

Faça uma Festa Consciente!

 

 

 

 

 

 

 

O conceito pode até ser novo para algumas pessoas, mas o gesto, nem tanto. Você, provavelmente, já deve ter sido chamado para alguma festa onde os celebrantes pedem que, ao invés de presenteá-los, os convidados levem: uma lata de leite, um pacote de fraldas ou outro item (do qual a Instituição em que ele confia possa estar necessitando).

De fato, esta é uma belíssima ação e contribui – e muito! – com Obras Sociais que, assim como a OSDM, desenvolvem seu trabalho de forma beneficente, sem visar o lucro. Pensando nisso, há mais de 4 anos, surgiu uma Plataforma em prol de contribuir e facilitar tais iniciativas. Dentro da Presente Consciente, você pode criar a sua festa (e gerar um link único, através do qual você convida seus amigos e familiares a participarem da mesma). Ao invés de darem presentes, os convidados doam valores para a ONG previamente escolhida, tudo de forma bem simples e direta. Além disso, os convidados, ao contribuírem com seu evento, ganham um merecido agradecimento e a possibilidade de envio de um cartão virtual, demonstrando seu carinho e apreço pelo aniversariante.
O anfitrião e a Instituição escolhidos acompanham toda a movimentação e, por meio de um Relatório Final, o primeiro é informado sobre quanto foi gerado em doações (e de que forma). Uma relação de transparência e confiança de que tais ”presentes” serão bem empregados na manutenção de estruturas e, principalmente, atividades de ajuda ao próximo (no caso da OSDM: terapêuticas de habilitação e reabilitação, esportivas, culturais e sociais ao público de crianças e jovens PcDs)!

Qualquer evento é uma oportunidade de fazer o bem: aniversários, casamentos, bodas, batizados, Natal, Dia das Mães e, é claro, festinhas infantis! Seu filho pode, inclusive, ajudar na escolha da Obra Social Dona Meca. Porque não há idade para fazer uma boa ação!

Texto escrito por Luiza Mattos – Comunicação & Marketing da Obra Social Dona Meca

Benefícios do Desporto para com deficiência

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A nomenclatura “desporto”, que tem como sinônimo a palavra “esporte”, relaciona-se a qualquer exercício físico que tenha federações e regras oficiais que o regem. Entretanto, o desporto não é somente aquele praticado por atletas profissionais, inscritos nas respectivas federações e seguindo as regras oficiais.

Ele também pode ter suas regras adaptadas, passando a ser uma atividade lúdica, para fins de diversão, confraternização e/ou disputa não oficial, seja ele jogado de forma individual ou coletiva. A participação das crianças em atividades físicas – incluindo esportes adaptativos (ou terapêuticos) e recreação – promove a inclusão, minimiza o descondicionamento, otimiza o funcionamento físico, melhora a saúde mental – bem como o desempenho acadêmico – e aumenta o bem-estar geral.

Para a PcD, o esporte aumenta a autoestima e a sociabilização. Ela passa a acreditar mais em si mesma, o que contribui, inclusive, com o processo de aprendizagem, porque ela enxerga suas capacidades e se valoriza.

Através deste processo, a criança e o adolescente com deficiência entendem o respeito às regras, socializam, têm contato com a euforia da vitória ou aprendem a lidar com a frustração da derrota. Tudo isso demonstra que o exercício físico em si trata-se de mais de um quesito, quando falamos sobre esportes adaptados.

Desta maneira, o desporto pode ser considerado um transformador de vivências e sua prática vai além do desenvolvimento motor, melhorando a qualidade de vida de quem o pratica. Serve ainda como meio de reabilitação (social, cognitiva ou motora), agindo como uma das formas de inserir o pequeno no meio social. Podemos ver a importância dessa prática na OSDM, pois tal atividade permite às aos beneficiários a possibilidade de praticarem não apenas um exercício físico, mas também o treinamento de todos os aspectos já citados.

Além disso, possibilita aos nossos pequenos e jovens que conheçam e executem novos movimentos, atividades, jogos e brincadeiras (que podem ser realizados em qualquer lugar e com outras pessoas), levando estas dinâmicas para os seus meios e, assim, usufruindo delas como formas de diversão, socialização, além, claro, da prática do próprio esporte em si.

OBS: O “Esportes Sem Limites” (ESL) – em execução na OSDM até Dezembro deste ano – atende diretamente 120 participantes, além de, indiretamente, suas famílias. Com o apoio do Aché Laboratórios, ENGIE e SulAmérica, através do incentivo fiscal do Programa Pronas PcD (Ministério da Saúde), o Projeto possui as atividades: Capoeira, Dança, Desporto, FisioMotora, Natação, Pedagogia, Psicologia e Psicomotricidade, além do respectivo acompanhamento do Serviço Social.

 

Texto escrito por Luiza Mattos – Comunicação & Marketing da Obra Social Dona Meca

Aprendendo a falar!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A maioria das famílias que buscam um fonoaudiólogo desejam que seus filhos falem. Muita gente diz: “Espera, cada criança tem seu tempo, o filho do vizinho da minha tia só falou com 5 anos.” É bem verdade que cada criança tem seu tempo, porém, existem parâmetros de normalidade.

Espera-se que a criança de 1 ano fale suas primeiras palavras; aos 2 anos, que inicie o uso de frases simples; aos 4 anos, que seja capaz de elaborar frases de cinco a seis palavras. E com 6 anos, é esperado que a mesma já articule todos os sons da fala, utilize frases gramaticalmente corretas e narre fatos e histórias com desenvoltura.

Esses parâmetros são os marcos do desenvolvimento de fala. Quando o pequeno apresenta desenvolvimento diferente destes marcos, significa que ele precisa de ajuda para se desenvolver. Seja uma criança típica com atraso de fala, ou uma criança atípica apresentando algum diagnóstico clínico – que dificulte o desenvolvimento de sua linguagem e fala).

Ao chegar ao Fonoaudiólogo, a família será orientada: “antes de falar, ela precisa se comunicar”. Mas o que é se comunicar? Como seria uma comunicação sem fala?

O ato de comunicar implica em “trocar mensagens”, que, por sua vez, envolve emissão e recebimento de informações. Ou seja, precisamos de alguém que inicie a comunicação, alguém que receba e responda e algo a ser comunicado.

Então, por exemplo: se o brinquedo está no alto e a criança te puxa e olha para o brinquedo, significa que ela está te comunicando que quer o brinquedo. Você pode ampliar a comunicação verbalizando para ela: “Você quer tal brinquedo? Entendi. Vou pegar para você.” É importante salientar que favorecer a comunicação não significa ceder a todos os desejos da criança. No caso acima, a resposta poderia ser negativa, como: “Você quer tal brinquedo, eu entendi. Mas agora não pode. Nós vamos sair.”

Este é somente um exemplo, mas, na prática, temos muito o que trabalhar para que a criança – de fato – se expresse. É importante que ela entenda o mundo à sua volta, tenha atenção suficiente para comunicar, tenha o desejo de comunicar e acesso a um modo em que ela seja capaz de comunicar.

 

Texto escrito por Raquel Gomes – Fonoaudióloga da Obra Social Dona Meca.

Doenças Respiratórias: Como a Fisioterapia Pode Ajudar Durante o Inverno

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Todos os anos, com a chegada do Outono, enfrentamos oscilações de temperatura e baixa umidade relativa do ar. O ar mais seco aumenta a concentração de poluentes na atmosfera e as baixas temperaturas – e poluição do ar – aumentam os riscos de doenças respiratórias e cardiovasculares. As alterações climáticas desta estação nos predispõe a diversas doenças como resfriado, gripe, crise de asma, bronquite, sinusite e pneumonia. Os principais vilões são os vírus respiratórios que causam o resfriado e a gripe (sendo transmissíveis por gotículas).

Por muitas vezes, as bactérias causadoras da pneumonia e da sinusite se aproveitam da queda da imunidade e das defesas do organismo ocasionadas pelas infecções virais. Portanto, devemos ficar atentos quando um simples resfriado permanece por muito tempo e se associa a febre mais alta, cansaço e dificuldade de respirar.

O QUE É FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA?

Fisioterapia Respiratória é uma especialidade da fisioterapia, visando prevenir e tratar disfunções causadas por doenças do trato respiratório. Tem como objetivo: Organizar a biomecânica dos músculos respiratórios; eliminar secreções pulmonares; diminuir o trabalho respiratório; aumentar a mobilidade torácica; fortalecer a musculatura respiratória; melhorar a expansão pulmonar; prevenir internações hospitalares.

Como é realizada?

A Fisioterapia Respiratória consiste em manobras e manuseios específicos, que atuam diretamente para alcançar o objetivo proposto pelo fisioterapeuta – associados às atividades não respiratórias.

Por que as crianças precisam de Fisioterapia Respiratória tão precocemente?

A crescente incidência de enfermidades respiratórias infantis está ligada, em parte, à evolução de germes responsáveis pelas infecções respiratórias e ao predomínio de infecções virais sobre as infecções bacterianas. Além disso, há um conjunto de fatores ambientais que associam os hábitos de vida e a poluição do ar. As mais comuns são a bronquiolite e as pneumonias.

O Fisioterapeuta Respiratório atua na prevenção e no tratamento de doenças – crianças com doenças respiratórias, tais como: asma, bronquite, pneumonias, rinites, fibrose cística, doenças neuromusculares, síndromes genéticas, dentre outras (ou mesmo, questões mais simples, como algumas crianças que respiram de forma errada).

As recomendações são: Em casos de doenças crônicas para prevenção de crises; quando o incômodo do catarro afeta a qualidade de vida; no pré e no pós-operatório de crianças submetidas a cirurgia cardíaca ou ventilação mecânica prolongada; em bebês prematuros, para evitar a obstrução das vias aéreas, minimizar alterações ventilatórias e diminuir o trabalho respiratório; dentre outros. Vale ressaltar que, quanto mais precoce for o início do tratamento destes pequenos com o Fisioterapeuta, melhor serão os resultados percebidos.

 

Texto escrito por Fernanda Santana – Fisioterapeuta Respiratória da OSDM.

 

Você conhece o apadrinhamento?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Programa de Apadrinhamento é uma rede de apoio fundamental para as crianças e adolescentes atendidos e acolhidos em nossa Instituição.

Esta contribuição mensal permite manter a assiduidade e qualidade dos atendimentos terapêuticos na Sede (atualmente, mais de 200 beneficiários), além dos cuidados diários com saúde, alimentação, educação, higiene e lazer aos nossos pequenos/jovens acolhidos (até 20 em cada uma das 02 Unidades).

Temos um relacionamento incrível com nossos “Amigos OSDM” e com cada visitante que disponibiliza seu tempo para conhecer nossas casinhas. A Obra Social prioriza muito essa troca.

Nas visitas, é possível ver – na prática – as crianças em atendimento, como funciona o trabalho da Equipe Dona Meca, a infra-estrutura, logística, o cuidado e o carinho em cada detalhe. As reações são sempre muito positivas: os olhares dos visitantes transparecem gratidão e felicidade, por perceberem que estamos zelando tão bem por nossos pequenos/jovens.

Ser padrinho, madrinha ou sócio-colaborador vai muito além do valor doado. Ações como esta possibilitam a continuidade desta missão – que é de todos nós!, promovendo real acolhimento, habilitação e reabilitação de excelência a crianças com deficiência em vulnerabilidade social (reconhecido como referência no RJ!), favorecendo seu pleno desenvolvimento e inclusão na sociedade.

 

Texto escrito por Bárbara Mosquéra – Setor de apadrinhamento e relacionamento da OSDM.

O que é ser mãe para você?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Entre vontades, desejos, anseios, inseguranças, angústias, realizações, alegrias e um amor infinito, estão as mães.

Mães de um, de dois, de três, mães-solo, mães que podem contar com alguém, mães modernas, mães corujas, mães jovens, mães bravas, mães liberais ou tudo isso em uma só.

Dizem que “mãe é tudo igual, só muda o endereço”. Mas entre tantas semelhanças e diferenças, cada uma sabe as dores e as delícias de colocar e educar uma criança nesse mundo.

Neste mês mais do que especial, a OSDM e a Tia Andréia – uma das profissionais de educação física da Obra Social (modalidade: dança) – prepararam, com todo amor e carinho, diversas apresentações para as nossas mamães.

Ver os “pequenos da Dona Meca” subindo mais um degrau em direção à independência é um enorme prazer!

Foram vários olhinhos emocionados direcionados ao palco, onde nossas crianças e jovens apresentaram suas lindas danças em homenagem ao Dia das Mães. E ainda pensando neste “mês maternal”, convidamos duas mãezinhas da Sede para nos contarem “O que é ser mãe para você?”. Confere só:

Lilian Costa, mãe do João – “Ser mãe é se sentir a pessoa mais poderosa do mundo e ao mesmo tempo a mais impotente. Muitas vezes ser capaz de cessar o choro com um abraço, mas tem dias que a gente não consegue saber o motivo daquele chorinho sentido que dói na gente. Ser mãe é passar raiva, mas aí de alguém que olhe torto pro nosso “bebê”. Ser mãe é achar que quando cresce melhora, mas a gente passa a vida inteira chamando eles de bebê porque não quer que cresçam nunca…”

Vera Lúcia, mãe da Ana Cecília – “Ser mãe pra mim é mulher que deu a luz a um ou mais filhos e os criou. Pessoas generosas, bondosas e superprotetoras, enfim uma pessoa muito especial!”

Em meio a tantos sorrisos, abraços, choros, “birras” e pedidos de colo, ser mãe vai muito além do que apenas colocar um serzinho no mundo. Trata-se de assistir, na primeira fila, esse novo ser desabrochar e conquistar o mundo ao seu próprio modo e tempo.

A Obra Social Dona Meca deseja a todas as mães um feliz dia todos os dias!

 

Texto escrito por Luiza Mattos – Comunicação e Marketing da OSDM.

Bazar Especial Dona Meca

 

 

 

 

 

 

 

 

Há 30 anos, a Obra Social Dona Meca vem contando sua história e temos muito prazer em fazer parte de tantas memórias, tantas evoluções!

Nossos pequenos e jovens são nossa maior herança e saber que fizemos – e fazemos! – parte de suas grandes conquistas é o que nos aquece o coração.

Além das equipes terapêuticas, de esportes, assistência social e apoio; a Obra Social conta com um maravilhoso bazar: o nosso Bazar Dona Meca.

O Bazar OSDM (que é uma das atividades de apoio e mantido através das doações de pessoas físicas e jurídicas sensíveis à causa da pessoa com deficiência), vai oferecer, no próximo mês de maio, o “Bazar Especial Dona Meca”, com produtos novos e variados oriundos de apreensões efetuadas pela receita federal. Tal ação acontecerá nos dias 04, 05 e 06 de maio, das 9h às 16h, na sede da Instituição, rua Gazeta da Noite, n°302 – Taquara.

Faça você também parte dessa bela história! Não perca esta oportunidade.

 

Texto escrito por: Luiza Mattos – Comunicação e Marketing da OSDM

Como a pedagogia influencia na habilitação e reabilitação das crianças?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pensamos na habilitação/reabilitação como um processo de acompanhamento de pessoas com deficiência, que tem como objetivo o desenvolvimento de suas capacidades, competências e talentos.

Tais potencialidades são importantes para melhorar a qualidade de vida das mesmas.

E, quando falamos de “qualidade de vida”, minimamente, estamos pensando no bem-estar físico, psíquico, social e educacional de todas as pessoas – independentemente do fato de terem uma deficiência… ou não.

Assim sendo, a Pedagogia – uma área que tem por princípio fundamental desenvolver e/ou aplicar métodos facilitadores ao processo de aprendizagem dos indivíduos – também têm sua importância na habilitação/reabilitação de pessoas com deficiência.

E como ela atua?

No desenvolvimento cognitivo, social e pessoal das PcDs. Seu foco são as habilidades que precisam ser desenvolvidas, integrando e incluindo, por meio de um planejamento com estratégias voltadas especificamente para aquele indivíduo: aquela pessoa única e complexa, e não para a deficiência em si.

Nossos alunos são conhecidos por seus nomes, e não por sua deficiência.

 

Texto escrito por Tânia Oliveira – Pedagoga da OSDM.

Como a psicologia pode ser uma grande aliada para as crianças

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tão importante quanto o crescimento das crianças é o desenvolvimento emocional e cognitivo delas. Os pais tendem a se preocupar mais com a alimentação, cuidados com a saúde (física) ou se vão bem na escola. Ainda acreditamos no mito de que crianças não têm problemas. E se não têm problemas, “estão sempre felizes”. Já se sabe que os primeiros anos de vida são fundamentais para elas e, desde bebês, estão em constante aprendizagem e interação com o mundo. Pesquisas diversas revelam a importância desse processo de estimulação desde o início, que repercutirão ao longo da vida.

Nossa sociedade ainda valoriza mais o desenvolvimento cognitivo, porém o desenvolvimento socioemocional é essencial para viver bem consigo mesmo e com outras pessoas. É importante que, desde cedo, a criança desenvolva capacidades como cooperação, divisão, comunicação, empatia, gratidão e respeito. E sim, ela sente – como todos nós – a rejeição, a decepção e a frustração, por exemplo. Quantos de nós temos histórias de nossa infância para contar sobre dias difíceis na escola? Ou em nossa própria casa?

Então, onde entra a Psicologia? Esta ciência – que atua no comportamento, cognição e emoções do indivíduo – vai auxiliar a criança a lidar com tudo aquilo que não está fazendo bem a ela. Sejam dificuldades encontradas no meio do caminho, conflitos internos, comportamentos que necessitam melhorar ou, até mesmo, a aceitação daquilo que não se pode mudar. E quando você deve procurar um psicólogo para seu filho? Quando apresentar dificuldades de relacionamento, mudanças de comportamento, queda no rendimento escolar, angústia de separação dos pais ou cuidadores, atrasos no desenvolvimento, agressividade, dentre outros. Cabe ao profissional também orientar os familiares que, muitas das vezes, se encontram perdidos para lidar com tal situação.

Em terapia, encontramos um lugar seguro para extravasar nossas emoções sem julgamentos. Um espaço de acolhimento e respeito. É por isso que existe muita brincadeira com jogos, desenhos, pintura, tudo isso para falar a linguagem da criança e para criar vínculo com ela. E os resultados? Eles chegarão, se respeitarmos o processo do tempo com paciência e colaboração. Não existe mágica, mas muito trabalho.

A vida pode ser feita de muitas alegrias, só que, ao longo dela, podemos experimentar outros sentimentos – como medo, tristeza ou raiva. Tudo bem, só precisamos encontrar a melhor forma de lidar com eles, quando batem à nossa porta.

Texto escrito por Nívea D’Alincourt – Psicóloga da OSDM