Apadrinhamento

O Programa de Apadrinhamento da Obra Social Dona Meca visa propiciar a continuidade das atividades desenvolvidas por cada criança que faz parte da Instituição(como fonoaudiologia, fisioterapia neuromotora e respiratória, hidroterapia, terapia ocupacional, psicomotricidade, psicologia, pedagogia, psicopedagogia, atividades esportivas, lúdicas e culturais). Além de, claro, oportunizar lindas experiências afetivas entre crianças e padrinhos/madrinhas… o que convenhamos, não tem preço. O Programa também engloba as crianças acolhidas na Casa Lar, onde o recurso angariado permite suprir necessidades ainda maiores daquelas das sede, crianças da Sede (além das terapias, custos referentes à moradia, RH especifico, medicamentos e etc….), dando assim, uma maior qualidade de vida aos nossos pequenos.

Hoje, estamos aumentando nosso número de atendimentos e o queremos fazer com qualidade. Assim, precisamos da colaboração de todos para manter esse trabalho com mais de 22 anos de boas experiências e visando cumprir a missão que nos foi confiada. A todos nós! A Quem desejar apadrinhar uma de nossas crianças, basta acessar o site: www.osdm.org.br/apadrinhamento ou pelo telefone: 2446-3674. Você pode, ainda, fazer-nos também uma visita, para conhecer um pouco mais de nosso trabalho.

*Texto escrito por Ana Carolina Xavier – Setor de Apadrinhamento

É brincando que se aprende

“Brincar não é perder tempo, é ganhá-lo. É triste ter meninos sem escola, mas mais triste é vê-los enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação humana”. (Carlos Drummond de Andrade)

Muito se fala sobre o lúdico como recurso pedagógico e terapêutico.
Lúdico é uma palavra de origem latina que usamos quando queremos falar de jogos e divertimento, o quê está relacionado ao ato de brincar. Incluo, na brincadeira, o ato de ler, contar histórias.

Chamamos, por atividades lúdicas, as atividades de entretenimento, ou seja, que dão prazer e divertem as pessoas envolvidas.
Brincar é importante para o desenvolvimento humano, tão verdade que é um ato natural!

A ação de brincar e de ler envolve o indivíduo e cria um clima de entusiasmo. Um aspecto emocional-mente importante, que funcionará como motivador, gerando um estado de vibração e euforia. Observamos que, por meio do lúdico (brincadeira e leitura), o individuo: forma conceitos seleciona idéias, estabelece relações lógicas, integra percepções, direciona suas energias, ultrapassa dificuldades, muda sua realidade, fantasia, compreende o mundo, desenvolve a linguagem, aprende a concentrar-se, a pensar, a criar estratégias, etc.

Um dos autores que embasam a pedagogia moderna é Jean Piaget, que pensou o lúdico da seguinte forma:
“O jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral. Através dele se processa a construção de conhecimento, principalmente nos períodos sensório-motor e pré-operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas, estruturam seu espaço e seu tempo, desen-volvendo a noção de casualidade, chegando à representação e, finalmente, à lógica. As crianças ficam mais motivadas para usar a inteligência, pois querem jogar bem, esforçam-se para superar obstáculos tanto cognitivos como emocionais.” Piaget (1967)

O lúdico é uma ponte que auxilia na melhoria dos resultados por parte dos educadores e terapeutas interessados em promover mudanças. Podemos ver isso no dia-a-dia dos nossos profissionais, onde as terapias buscam sempre trabalhar de forma lúdica, buscando, na verdade, um maior desenvolvimento uma comple-mentação de todas as atividades exercidas por nossas crianças e jovens.
Jogar não é passar o tempo para distrair o indivíduo. Estimula o crescimento e o desenvolvimento, a coordenação motora, as faculdades intelectuais, a iniciativa individual, favorece a progressão da palavra, impulsiona a observar e conhecer as pessoas e as coisas.

Brincar é natural e essencial para que o indivíduo manifeste sua criatividade, utilizando suas potencialidades de maneira integral descobrindo seu próprio Eu. A ludicidade é tão importante para a saúde mental do ser humano que merece atenção, pois é o espaço para expressão mais genuína do ser. É o espaço e o direito de todo o indivíduo para o exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos.

*Texto escrito por Tânia Oliveira – Setor de Pedagogia

Mês das Mulheres

Em Março, pensando no mês das mulheres, os profissionais da OSDM desenvolveram inúmeras atividades e exposições, onde o maior foco foi o reconhecimento da importância das mulheres na sociedade.

Tivemos um mural com “mulheres exemplos”, que lutaram bravamente para conquistar os seus objetivos em prol de uma sociedade mais justa, igualitária e melhor a todos. As suas conquistas aconteceram nos mais amplos campos como ciência, deveres dos cidadãos, direitos humanos… Tornando a presença da mulher cada vez mais forte na nossa sociedade.

Durante as duas primeiras semanas do mês. Também distribuímos rosas de papel confeccionadas pela Psicomotricista Luiza Sá. A Rosa foi escolhida como lembrança pois nossas mulheres são graciosas e fortes como as rosas: possuem uma beleza expendida ao mesmo tempo em que os espinhos as protegem e as tornam mais resistentes.

Além de uma árvore de mensagens onde terapeutas, responsáveis e crianças escreveram pequenos textos sobre a “importância da mulher”, “o que mais apreciam em algumas mulheres” e “como elas são inspiração para o dia –a- dia de cada um de nós.”

Foram singelas homenagens buscando prestigiar todas as mulheres que nos são inspiração, força, amor, vontade. Parabéns, Mulheres!

Sua festa é um presente

Em Maio de 2014, a Obra Social Dona Meca começou uma parceria com a “Presente Consciente”, uma plataforma que tem como objetivo levar recursos a instituições beneficentes. A PC funciona da seguinte forma: Você vai fazer aniversário e não tem noção de como ajudar uma Instituição? Faça uma Festa Consciente, cadastre a sua festa na plataforma (www.presenteconsciente.com) e escolha a Instituição beneficiada (podem ser até duas). Depois, você passa a referência de sua festa para a seus convidados e eles compram o Vale Presente (convertido em doações), além de deixarem uma mensagem e um cartão para você, o Aniversariante.
Além disso, você pode comprar os “Felicicards” a qualquer momento para dar a alguém e ainda ajudar a OSDM e muitas outras casas!
Algumas pessoas já aderiram à ideia e aprovaram:
“Gostei da forma, acho que facilita o controle. Todos os convidados acabam conhecendo a Instituição e é super legal, afinal de contas, fazer o bem nos faz bem!”
– Anderson Gama – fez sua festa de 25 anos através da plataforma.
“Eu acredito que uma criança, para ser feliz, não precisa do excesso de brinquedos ou roupas, mas sim carinho, atenção…Por isso, acredito que a Presente Consciente foi a melhor plataforma, foi uma forma de ensinar ao meu filho que precisamos dividir e, assim, criar um ser humano melhor.
Eu continuo comemorando o aniversário dele com as pessoas que o amam, mas sem precisar desses excessos materiais. ”

– Nara Duarte – comemorou o aniversário de um ano do seu filho através da plataforma.
“Utilizei toda a competência desta equipe e esta ferramenta virtual sensacional em prol de um bem ao próximo. Na verdade, em prol de otimizarmos os presentes que receberíamos, fazer com que eles tenham maior e melhor utilidade a quem precisa mais do que nós, Aniversariantes.”
-Ana Paula Chacon – Utilizou a ferramenta para comemorar o aniversário de 4 anos de seu filho, além de ter sido a primeira pessoa a cadastrar uma festa na plataforma.

Bailinho Meca Maravilhosa

BAILINHO MECA MARAVILHOSA

No dia 12 de Fevereiro, tivemos mais uma edição do tradicional Bailinho Dona Meca este ano, com o tema “Meca Maravilhosa”, fazendo menção ao aniversário de 450 anos de nossa cidade. Sendo assim, além de todas as atividades e recreações, fizemos uma breve homenagem ao Rio de Janeiro , com alguns dos muitos poemas já escritos sobre ele, algumas curiosidades históricas e informações sobre a cidade em geral.

E não podemos esquecer: tivemos aulas de Frevo com a Professora de Dança Laís Amaral, que ensinou a todos os passos mais tradicionais do frevo e ainda explicou um pouco da origem, (por exemplo como os capoeiristas iam à frente de cada bloco para proteger os respectivos estandartes de cada bloco, evitando assim que membros de outras agremiações os “roubassem”… e assim, a dança se desenvolveu no carnaval de rua de Pernambuco, até chegar ao frevo que conhecemos hoje em dia).

Ainda tivemos muitas comidinhas gostosas, desfile de fantasias (do qual nem os profissionais quiseram ficar de fora) e ainda tivemos a votação do Rei e da Rainha do Bailinho, através de uma comissão julgadora que avaliou a empolgação dos nossos pequenos foliões ,ao final a realeza do Bailinho Meca Maravilhosa ganhou a chave simbólica da OSDM.

 

Um dia pra se guardar na memória – Surf e muitas memorias

DIA DE PRAIA

E tudo começou em uma conversa entre os profissionais da Casa onde Anna Clara Miranda (TO – Terapeuta Ocupacional) sugeriu: “ …E se nós levássemos as crianças do Casa Lar, para desenvolver atividades lúdicas na praia?!”. A ideia era trabalhar e desenvolverem o máximo possível o cognitivo e o motor das nossas crianças, onde elas se divertiriam ainda mais, se aliviariam do calor de Janeiro (mês em que chegamos à sensação térmica de 58°C) e claro que a ideia foi aceita imediatamente por todos os profissionais e pela direção da Casa!

Após esse momento, começaram as especulações de como faríamos esse momento, que ferramenta poderíamos usar, quantas crianças e profissionais. Com a ajuda da ONG Adapt Surf (através do seu fundador Henrique Saraiva) e contando com os funcionários da sede e Casa Lar, conseguimos planejar e partir para esta tão sonhada atividade.
Quando chegamos à praia, a reação não poderia ser diferente, vimos os sorrisos estampados nos rostos de cada um dos pequenos da Casa Lar. Todos eles foram muito bem assistidos por funcionários e voluntários da Adapt Surf. Neste dia, ocorreu o primeiro contato de muitos deles com a água do mar, sem falar que “quando é pra fazer o bem tudo ajuda”…. o mar, naquele dia em especial estava translúcido e calmo, o que facilitou muito a interação de todos.

Além disso, algumas das nossas crianças aproveitaram pra “pegar uma onda” e experimentar algo que pensavam talvez não ser possível. A alegria era tão contagiante que todos que estavam na praia naquele momento se emocionaram e ficaram extremamente felizes com o que viram. Sem dúvida, teremos mais um dia guardado com todo carinho em nossas memórias, junto ao sentimento de dever cumprido que se renova a cada sorriso. Novamente, gostaríamos de agradecer a todos da ONG Adapt Surf, por nos ajudarem a proporcionarmos estes momentos aos nossos pequenos.

Um Desfile mais que especial

No dia 21 de Fevereiro, crianças, pais e funcionários da OSDM desfilaram na Escola Embaixadores da Alegria a convite de um dos membros da mesma.
A Embaixadores da Alegria é uma agremiação de Escola de Samba voltada para o público com deficiência, onde esta distribui, de forma gratuita, fantasias para alegrar o Carnaval de todos. Este ano, o samba enredo da Escola falou sobre a Loucura e os 150 Anos da criação da historia “Alice no País das Maravilhas”.

Foi um dia fenomenal, onde pudemos ver a alegria estampada nos sorrisos dos nossos pequenos e seus responsáveis. A sensação de estar ali na Avenida, desfilando foi sem igual. Além disso, ainda vimos componentes de Bateria cadeirantes, uma passista exemplar (com nanismo), o casal de Mestre Sala e Porta Bandeiras (ambos com síndrome de Down)e uma comissão de frente maravilhosa mostrando que tudo é possível!

Isso mostra como 2015 começou cheio de histórias, tornando-se cada vez mais um ano fundamental para guardarmos na memória.
Esperamos estar juntos novamente no ano que vem e em muitos outros carnavais!
Parabéns à Embaixadores da Alegria pelo lindo trabalho e o nosso muito obrigado!

O brincar e a sua função da Brinquedoteca

A Oficina do Brincar tem como finalidade integrar os diversos trabalhos terapêuticos realizados na OSDM. Assim, a tal Oficina oportuniza às crianças – e seus respectivos responsáveis – atividades que, através da brincadeira voluntária, consciente, porém mediada, constituem uma forma de potencializar habilidades, viabilizando o bem estar entre seus familiares e visando a interação um com outro através do brincar.

Na Brinquedoteca, como chamamos carinhosamente o espaço, além de promover brincadeiras mediadas, executamos Rodas de Contação de Histórias, Festivais de Cinema Infantil e Teatros de Fantoches, onde envolvemos os responsáveis a participar das atividades culturais.
Hoje, o Projeto conta com a ajuda de 11 voluntários e 1 Brinquedista contratada, trabalho este, feito com amor e dedicação. Importante ressaltar que conseguimos atingir sua meta de atender acima de 73 crianças e adolescentes na faixa etária de 1 a 13 anos, totalizando 154 atendidos mensalmente!
Sendo assim, conquistamos significativos resultados nas atividades propostas e planejadas de forma a torná-las exeqüíveis. Nossa Oficina tem e terá bons resultados, sempre contribuindo para desenvolvimento cognitivo, motor e descoberta de mundo, trazendo benefícios à socialização, superação e na busca de uma forma de bem viver.

* O Projeto Oficina do Brincar conta com o Apoio Financeiro da Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro.

 

Adoção um ato de amor

ADOÇÃO UM ATO DE AMOR

“É como se tivesse nascido aqui. Nasceu da gente”. Esse é o sentimento da mãe adotiva de uma de nossas crianças da Casa Lar Dona Meca, que define todo o sentido do trabalho desenvolvido com os pequenos acolhidos. Este amor que primeiro contagia as pessoas que se envolvem neste trabalho, sejam elas funcionários, voluntários ou padrinhos. Todos saem desta casa com um outro olhar para a vida, para si mesmo. Seus valores mudam, as pessoas se inquietam, querem ajudar como podem. Mas cada um recebe uma energia especial que provoca sentimentos e atitudes aos quais, a princípio, não damos muita importância mas que transformam, auxiliam e alegram muito mais que corações um dia rejeitados. Iniciam uma reforma íntima, às vezes, muito sutilmente, mas que aos poucos, torna-se maior que nossas próprias vontades, transforma-se em missão.

Assim, é com muita alegria que fazemos um balanço do ano de 2014 para a Casa Lar Dona Meca. Nosso abrigo- originariamente para crianças com deficiência – teve grandes momentos que nos trouxeram outros desafios. Tivemos 3 adoções de crianças com deficiência, onde duas delas ficaram acolhidas por mais tempo (uma, por 1 ano e 4 meses e outra, por 6 anos). Nossa terceira pequena menina de nome Viviane, que apresenta uma deficiência visual foi adota por um casal que se encantou com seu sorriso e daí para a adoção foi um pulo.

Simone do Nascimento, Assistente Social e Coordenadora da Casa Lar, relata que por lá já passaram algumas crianças que hoje estão bastante integradas à suas famílias com as quais mantém contato. “É muito bom ver que elas estão bem, que foram acolhidas com amor”, diz Simone. A dedicada Assistente Social realiza todo um trabalho tanto de reinserção familiar como de adaptação em família substituta, com visitas domiciliares, pareceres para a autoridade judicial, avaliação socioeconômica e afetiva da família em questão, onde o processo adotivo tem especial atenção por se tratar de uma ação definitiva e que tem que ser conduzido com muito cuidado, pelo bem das crianças. E emociona-se ao falar do caso da nossa pequena Ilana Sara, que chegou à Casa Lar com 6 anos e tem um diagnóstico de encefalopatia crônica não progressiva (tetraplegia espástica), epilepsia com bom controle, atraso de linguagem, possui deglutição adaptada, porém não realiza mastigação.

Ilana, hoje com 12 anos, foi adotada em dezembro de 2014 e segundo sua mãe, está muito bem adaptada, ganhou peso, vive risonha e feliz. “Todos em casa se apaixonaram por ela e brigam até para ficar com ela no colo. Muito colo, muito amor. Está sendo uma experiência ótima, é como se ela tivesse nascido aqui, nasceu da gente. Chegou de uma forma diferente, mas é da nossa família. No último domingo, fez um mês conosco e teve até um bolo, uma verdadeira festa para ela… tomara que outras pessoas sejam tocadas e possam passar pela felicidade que estamos tendo.” diz emocionada, Aparecida, mãe de Ilana.

Os desafios chegam, mobilizam e retornam em forma de sorrisos e gratidão, mesmo daqueles que não falam mas sentem e nos fazem sentir muito bem. A certeza de que o trabalho do bem transforma a vida não só de nossos pequenos, mas de todos que contribuem para a concretização deste sonho, é o que nos faz sonhar juntos, hoje e sempre.

Ao longo dos 7 anos de existência da Casa Lar contabilizamos ao todo 10 adoções. Ficamos muito felizes em ver que as pessoas são solidárias e possuem um sentimento de amor , grande ao ponto de receber esses pequenos e fazer deles os seus filhos tão amados, como a nossa Ilana.

O mundo precisa de muitos corações com os sentimentos e atitudes de Marcelo e Aparecida. Que possamos ter em nós a maior mensagem deixada pelo mestre Jesus. “Amar ao Próximo como a si mesmo”.