Entre os dias 14 e 18 de setembro ocorreu a Semana de Orientação da Terapia Ocupacional, ministrada pelas profissionais Eduarda Gomes e Rafaela Garcia. O tema abordado foi “Atividades de Vida Diária e Atividades Instrumentais de Vida Diária (AVDs e AIVDs)”, duas vertentes de trabalho da terapia ocupacional.
AS AVDs e AIVDs constituem uma das principais áreas de atuação da profissão. Nesta orientação, as terapeutas ocupacionais apresentaram aos pais e responsáveis a importância de estimular a independência das crianças em comer, escovar os dentes, vestir-se, ir ao banheiro, tomar banho com a máxima independência possível. Além disso, tiraram dúvidas dos responsáveis de crianças que não são atendidas pela Terapia Ocupacional, orientando quanto às dificuldades encontradas neste processo e possíveis ações que os pais podem tomar com relação a tais dificuldades.
Em todas as orientações, foi possível perceber o interesse dos mesmos com a apresentação de suas dúvidas, das dificuldades de seus filhos e netos e do imenso valor de cada aprendizado e conquista na vida daqueles que amam. Como terapeutas ocupacionais, nós agradecemos a oportunidade de multiplicar o conhecimento sobre as atividades de vida diária e partilhar das vidas e dos fazeres destes pequenos e suas famílias.
Texto escrito por Eduarda Gomes e Rafaela Garcia – Setor de Terapia Ocupacional da OSDM.
Realizamos em setembro a Semana de Orientação da Psicologia, onde abordamos o tema “Adolescência”. Tendo em vista que muitas de nossas crianças estão chegando a essa fase (e outras já se encontram nela). O que nos fez perceber a necessidade de conversar um pouco com essas mães – através do olhar da psicologia – sobre essa realidade que sempre traz novidades, surpresas, adaptação e, até mesmo, conflitos.
Nessa conversa, que se deu através de pequenas palestras onde todos foram convidados a participar e opinar, falamos inicialmente do ciclo evolutivo do ser humano até a adolescência, (nessa fase, começa a despertar a consciência do indivíduo, com suas tendências e hábitos, adicionados às transformações fisiológicas e, também, às influências do meio externo. Isso gera mudanças e conflitos na mente do sujeito, independentemente de cultura, crença, nacionalidade, inclusive com deficiência, Todos vivenciamos, de alguma forma essa época da vida.
Durante nossa reunião, falamos da necessidade do adolescente ter o seu espaço, de ser ouvido, respeitado nas suas opiniões e orientado quando essas sejam incompatíveis com outros aspectos sociais em que vivemos, sempre que isso seja possível de ser alcançado. Pois ainda que cada um tenha que descobrir o mundo por si só, todos precisamos de direções e ajuda na nossa trilha evolutiva.
Conversamos também sobre como resolver alguns conflitos que ocorrem, hora quando estamos certos, hora quando eles o estão. Ressaltamos a importância dos grupos de amigos e a influência que eles podem causar. Ainda sobre a necessidade de ser aceito que muitos jovens possuem, como a busca por identificação.
E como íamos falando, a adolescência também é vivenciada pela pessoa com deficiência, que também tem desejos, gostos, vontades e libido. E cabe aos responsáveis, aos terapeutas – e também – à escola auxiliá-los nesse processo, não tentando silenciá-los ou ocultá-los quanto às suas questões, mas entendendo e ajudando-os a se organizarem com a sua intimidade e com o mundo cada vez mais, (pois, se foi ou é conflituoso para nós, que já fomos ou somos adolescentes, também poderá ser para eles).
*Texto escrito por Henrique Almeida – Setor de Psicologia da OSDM.
No dia 1° de Outubro, realizamos a Culminância do Projeto Atenção Especial (Apoiado Financeiramente pela FIA): uma pequena mostra do trabalho desenvolvido pelos nossos Instrutores Culturais durante o ano. A culminância teve como objetivo não só demonstrar e explicar o trabalho executado como também convidar os responsáveis a participarem ainda mais das oficinas.
Foi um dia de fortes emoções. Começamos pela fala da “tia” Tânia Oliveira (Pedagoga), que dissertou sobre o evento e sobre a Primavera, estação essa em que celebramos a beleza das flores, o desabrotar de novas vidas. Por isso, nada mais justo do que realizarmos uma ação tão especial, durante período tão único. Continuamos o evento com uma pequena peça, onde as crianças atendidas pela Oficina de Música falaram um pouco sobre a Primavera. Esta foi seguida por um vídeo “Making of”, mostrando toda a preparação das crianças e suas mamães para esse grande dia. Em seguida vimos slides com alguns dos trabalhos desenvolvidos na Oficina de Informática, onde os nossos pequenos, através da utilização de programas como o “paintbrush” fizeram lindos desenhos com a ajuda da “tia” Michele ( Instrutora de Informática). Depois o “tio” Herik (nosso Instrutor de Artes) fez uma pequena apresentação dos trabalhos desenvolvidos com suas crianças, através de um lindo painel e de toda a decoração do evento montada pelos mesmos. Ainda contamos com mais uma belíssima apresentação do nosso coral de mães, que (en)cantaram e emocionaram a todos os presentes, coral este regido pela nossa “tia” Beatriz (Instrutora de Música). Ao final todos comeram uma deliciosa sobremesa confeccionada pelos nossos pequenos sob o comando da “tia” Marina (Instrutora de Culinária).
Gostaríamos de aproveitar para parabenizar a todos os envolvidos nesta linda celebração: aos nossos Oficineiros ( não só por nos proporcionarem emoções como estas, mas também pelo lindo trabalho desenvolvido junto das nossas crianças e seus responsáveis), à Coordenação da Casa por organizar tal ação, aos responsáveis por acreditarem em nosso trabalho e as crianças por serem a maior razão de tudo isso existir.
*Esta ação faz parte do Projeto Atenção Especial, Apoiado Financeiramente pela FIA – Fundação para Infância e Adolescência.
**Texto escrito por Anderson Gama – Responsável pelos setores de Comunicação & Desenvolvimento Institucional da OSDM.
No dia 10 de Setembro de 2015, ocorreu o Desafio Campeões da Vida, evento esportivo realizado através do Projeto Esportes Sem Limites, patrocinado pela Petrobras. O evento tem como foco principal a confraternização entre Instituições que utilizam o esporte como ferramenta de inclusão, socialização e reabilitação na vida da pessoa com deficiência, além, é claro, de servir para a mensuração do trabalho desenvolvido por estas Organizações participantes.
Para que este lindo evento se tornasse realidade, contamos com a presença dos convidados: Centro Esportivo Miecimo da Silva, C.R. Vasco da Gama, GAPEB, Obra Social Santa Cabrini e Vila Olímpica Dr. Sócrates. Foi um dia muito emocionante, onde tivemos: abertura com Hino Nacional, homenagem ao esporte paralímpico, juramento do atleta e “palavras da OSDM”. Em seguida: um belissímo espetáculo de Dança das Crianças e Profissionais da Casa, além de uma roda de Capoeira inclusiva, onde as crianças da Obra Social Santa Cabrini interagiram, jogaram e brincaram com todos, mostrando novamente o esporte como uma grande ferramenta.
Ao todo tivemos 3 Modalidades: Atletismo, Natação e Futebol, nos quais todos deram o seu melhor, buscando superar os seus limites e provando que, dia após dia, essas crianças, adolescentes e adultos se desenvolvem ainda mais e conseguem ultrapassar todas as metas traçadas. Eles nos mostram que ainda há um longo caminho a percorrer! Além de um almoço maravilhoso -Macarronada Mama Meca- no qual os atletas, profissionais e treinadores confraternizaram. Contamos também com duas presenças ilustres: Wanderson Silva (atleta Paralímpico Meio Campista da Seleção Brasileira de Futebol de 7) e Petrix Barbosa (atleta Olímpico, Ginasta Brasileiro), os quais fizeram a alegria de todos os presentes.
Ao final das Baterias TODOS, os atletas participantes receberam as suas medalhas, tendo em vista que todos os participantes são campeões. Gostaríamos de agradecer a todos que contribuíram para fazer desta festividade um dia especial e memorável. (Link agradecimento: https://goo.gl/u6SbRL )
*Texto escrito por Anderson Gama – Responsável pelos setores de Comunicação & Desenvolvimento Institucional.
“Ao brincar, a criança assume papéis e aceita as regras próprias da brincadeira, executando, imaginariamente, tarefas para as quais ainda não está apta ou não sente como agradáveis na realidade”. Lev Vygotsky
A Semana de Orientação do Setor de Esportes da Obra Social Dona Meca trouxe este tema para enfatizar que o brincar leva o indivíduo a transpor as barreiras do seu corpo e do mundo que o cerca, pois, ao brincarmos, nos distanciamos do que nos limita. Enquanto brincamos, nos divertimos e ativamos o lobo temporal ( área do nosso cérebro responsável pela emoção e percepção), reconhecendo objetos e verificando como nos sentimos em relação a estes objetos: Sendo assim, foi possível resgatar brincadeiras de nossa fase do desenvolvimento infantil e compartilhar deste momento com nossos familiares, onde pulamos cordas, amarelinha, pique esconde e batatinha frita. Foi um sucesso!
Buscamos através destas ações, resgatar na memória aquilo que tem se perdido com as tecnologias e demonstrar a importância destas temáticas, desenvolvendo o lúdico em nossos atendimento para as crianças e adolescentes na OSDM.
Temos como foco principal a mediação no processo de ensino e aprendizagem, assim como Paulo Freire explanou que o “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.”
Nossas atividades esportivas buscam, portanto, estimular a mente e o corpo com o intuito de aprender e, movimentar, auxiliando no desenvolvimento físico, e favorecendo um aprendizado natural e com o olhar sempre voltado às potencialidades que cada um possa oferecer.
*Texto escrito por Raquel Peres – Coordenadora de Projetos Esportivos.
No dia 21 de setembro, comemora-se o Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência. Buscando esclarecer algumas dúvidas, assim como informar e desmistificar questões relacionadas à Pessoa com Deficiência, a Obra Social Dona Meca decidiu fazer uma matéria especial que aborda alguns números e um pouco da realidade deste público no Brasil.
Segundo o Censo de 2010 do IBGE, 24% da População Brasileira possui algum tipo de deficiência e este número vem crescendo.
Assim, , também crescem as medidas protetivas e corretivas, na busca pela igualdade de oportunidades, como, por exemplo, a implementação nas empresas de grande porte da “lei das cotas” (Lei 8.213/91), que obriga as empresas com 100 ou mais empregados a preencherem de 2% a 5% de suas vagas com trabalhadores com deficiência. Quando esta lei foi aprovada, apenas 100 pessoas com deficiência encontravam-se inseridas no mercado de trabalho em todo Brasil. Contudo, no censo de 2010, esse número atingiu 330 milhões de pessoas. O avanço exorbitante deste indicador social tem impacto direto e indireto em toda a sociedade, que passa a conhecer e a dar maiores oportunidades às pessoas com deficiência.
Assim como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) tornou-se o principal instrumento de defesa dos direitos de nossos pequenos cidadãos, foi sancionada, no último dia 6 de julho, a Lei 13.146 – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, mais conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência. A aplicação desta lei, que entra em vigor em Janeiro de 2016, dará maior ensejo à mudança de paradigma que afeta a inclusão das pessoas com deficiência na vida pública, deixando para trás anos de abandono, degradação e negligência com esta parcela muito importante da sociedade.
O Estatuto da Pessoa com Deficiência trata, ainda, de questões relativas à inclusão no mercado de trabalho, previdência social, saúde (habilitação e reabilitação), assistência social, educação, moradia, cultura, esporte, turismo e lazer. Regulamenta, ainda, o acesso à informação e comunicação, inclusive com a utilização de recursos de tecnologia assistiva, bastante utilizados aqui na Obra Social Dona Meca, em atendimentos de Fonoaudiologia, Pedagogia, Psicopedagogia e Oficina de Informática. Enfim, vale a pena conhecer um pouco mais sobre esta nova ferramenta de proteção às pessoas com deficiência, bastante alinhada à perspectiva de sua emancipação em todos os aspectos da vida pública e privada. (Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm )
Diante de tamanho esforço de inclusão das pessoas com deficiência, fica a seguinte questão: “como se referir e se relacionar, principalmente, com relação às crianças com deficiência sem discriminar ou causar desconforto a elas?” É pensando nisso que, constantemente, fazemos um trabalho informativo com nossos colaboradores e atendidos, dando exemplos sobre as melhores formas de como se referir e se relacionar, principalmente, às crianças com deficiência com as quais lidamos todos os dias na OSDM. Alguns termos pejorativos não são mais utilizados e algumas condutas já são menos presenciadas, demonstrando que temos avançado no quesito “Respeito às diferenças”,o que é muito importante para uma convivência harmoniosa e igualitária. Seguem algumas dicas de uso e termos descritos na Cartilha do Movimento Down:
*Texto escrito por Anderson Gama e Mary Lucy Paz – respectivamente: Responsáveis pelos setores de Desenvolvimento Institucional & Comunicação e Elaboração de Projetos & voluntariado.