Coluna Casa Lar: Gratidão

O ano de 2024 foi de muito empenho, desafios, recomeços e mudanças nos Lares de Acolhimento. Nasceu a Casa Lar Dona Meca II, para acolher jovens/adultos – com objetivo de garantir a continuidade do cuidado aos nossos adolescentes (crescendo, desenvolvendo-se e atingindo a maioridade) e, claro, receber novos acolhidos. Esta Casa Lar pode abrigar adultos com deficiência em situação de extrema vulnerabilidade social e que, hoje, estão em um ambiente seguro e acolhedor. A união, a dedicação e o amor que toda a Equipe empenha em seu trabalho foi primordial para essa transição.

Além disso, ao longo do ano, tivemos despedidas – mas com muita alegria em nossos corações, ao vermos as crianças da C. L. Balthazar sendo reintegradas às suas famílias e adotadas por pessoas afáveis, com o coração cheio de amor para dar.

Durante estes 12 meses, mantivemos serviços de cuidadoria, saúde, funcionamento logístico e infra-estrutura impecável, nos três Lares. Sendo assim, ficamos felizes em constatar que, em 2024, realizamos 47 acolhimentos na Casa Lar Balthazar (0 a 7 anos sem deficiência), 11 na C.L. Dona Meca I (0 a 17 anos com deficiência) e 8 na CLDM II (a partir de 18 anos, com deficiência) – sempre repletos de carinho e capricho aos “nossos” pequenos, crianças, jovens e adultos.

Texto escrito por Marcelly Caetano – Comunicação OSDM

 

 

 

 

 

 

Espaço Conviver

Desde sua fundação, o Espaço Conviver é um ambiente de integração com as famílias atendidas pela Obra Social Dona Meca, criado por um grupo de voluntários. Um lugar de acolhimento, onde o foco é o amor – e o “amar ao próximo como a si mesmo”.

Atualmente, um grupo de 5 voluntários atua com as famílias, 3 vezes por semana, na parte da manhã. Eles fazem um planejamento dos temas que serão abordados durante o ano, onde o olhar atento e afetuoso à programação torna-se o fio condutor.

São realizadas conversas, dinâmicas e atividades lúdicas com conteúdos ligados a: caridade, desafios do cotidiano, amor ao próximo, perdão, virtudes, dentre outros.

“Um tema como “virtude” é importante, porque, às vezes, os próprios responsáveis não percebem o tamanho de suas qualidades e o quanto são guerreiros no dia a dia com seus filhos.” – Voluntária Anabela.

A coragem, perseverança, alegria e fé são os pilares do Espaço Conviver – que, através destes encontros e atividades realizadas – promove a integração entre as famílias e a interação entre as crianças.

De acordo com a Voluntária, as maiores adversidades enfrentadas são: o preconceito da sociedade, espaços não inclusivos, as dificuldades diárias de locomoção (como o ônibus que não para ou demora). Por isso, ter um espaço de acolhimento e de amor é muito importante, para que eles sintam-se amparados de todas as formas – física, mental e espiritual.

“A experiência que temos aqui – e que nos traz como voluntários – é o quanto a gente aprende com estas famílias, não é terapia mas é terapêutico.” – afirma Ana Bela, que é a voluntária mais antiga neste momento.

O Espaço Conviver é o cuidado e a valorização das famílias, um trabalho que transcende toda e qualquer dificuldade que possa existir.

Texto escrito por Marcelly Caetano – Comunicação OSDM

 

 

Transformar Vidas

O projeto começou com o olhar atento da fonoaudióloga Rafaella Gonçalo da Mirella, que percebeu o impacto positivo da postura de Mirella durante as sessões. Motivada por essa observação, buscou-se exemplos e inspirações na internet para desenvolver uma cadeira ideal e acessível.

Embora não tenha sido um processo simples, cada detalhe foi cuidadosamente pensado para atender às necessidades de Mirella. A fisioterapeuta Lorena Teixeira da Mirella também desempenhou um papel fundamental – afinal, precisávamos nos questionar: “Podemos realmente fazer isso?” Esta indagação gerou reflexões e ajustes, garantindo que cada etapa do projeto fosse realizada de forma segura e eficaz. Esta combinação de olhares clínicos e dedicação foi essencial para tornar tal ideia uma realidade.

Na OSDM, a cultura de “transformar vidas” está no cerne de todas as nossas ações. Buscamos não apenas oferecer apoio, mas também criar oportunidades reais para desenvolvimento, autonomia e inclusão. O sucesso é medido pela transformação que observamos nos olhos de cada criança e família atendida, orientando nossa missão de garantir que todos tenham a chance de alcançar seu máximo potencial.

Como coordenadora, esta ação do bem impacta profundamente minha gestão e minha vida pessoal. Liderar a criação da cadeira para Mirella me fez perceber que minha função vai além da administração; envolve uma responsabilidade emocional e social de promover mudanças significativas. Essa vivência me leva a refletir sobre o impacto que posso ter na vida dos outros, tanto na minha atuação profissional quanto nas relações do dia a dia.

Texto escrito por Katleen Valverde – Coordenadora Técnica

Amor Inclusivo

Vamos contar um pouco da história do nosso pequeno beneficiário Rafael Magliano – de 2 anos de idade, com Paralisia Cerebral.

Patricia Magliano sempre teve o sonho de ser mãe. Durante 22 anos, pediu a Deus para que este sonho se tornasse realidade. Em um belo dia, recebeu o telefonema de sua irmã, que disse: “Paty, você vai ser mãe mas você vai gerar no seu coração”. A fala de sua irmã fez despertar memórias antigas de quando era criança… ela lembrou que pedia a sua mãe levá-la aos abrigos para brincar com outras crianças. Naquele momento, ela descobriu que veio para esse mundo para gerar no coração, ser mãe por adoção.

Então, ela foi atrás da adoção e conseguiu se habilitar. Nessa mesma época, Patrícia foi morar com Priscila – sua companheira – que entrou junto, no processo de adoção. “ Vou estar com você até o final e, juntas, vamos dar continuidade ao seu sonho.” – disse Priscila

No dia 22 de junho de 2023, ela recebeu a mensagem de uma “cegonha” (um Projeto onde pessoas encontram pais e mães para crianças que estão na fila de adoção e ninguém quer adotar, por diversas questões, inclusive deficiências). Ao conhecerem Rafael, elas receberam o seu diagnóstico: paralisia cerebral, microcefalia leve e este não respondia a nenhum estímulo. No primeiro momento, o medo falou mais alto: o de não conseguirem arcar com as demandas.

Ao chegarem em casa, sentiram um vazio por terem “deixado ele”. Foi, então, que Patrícia virou para sua companheira e disse: “ Eu vou conversar com Deus e pedir que ele me dê uma resposta sobre o que deve ser feito”. Passaram-se duas semanas. Patrícia entrou em contato com o Órgão responsável e descobriu que havia um possível casal mas que este havia desistido da visita. Além disso, em 1 ano e um mês em que Rafael estava no Abrigo, ele só tinha recebido a visita delas. No dia seguinte, Patrícia retornou, pegou ele no colo e disse: “Você é o filho que eu havia pedido há mais de 20 anos para Deus”. Foi, neste momento, que Rafael sorriu pela primeira vez na vida!

Hoje, através das atividades Multidisciplinares na Sede da OSDM, Rafael consegue responder aos estímulos, vem se desenvolvendo e evoluindo de forma bastante significativa.

Texto Marcelly Caetano – Comunicação OSDM

Coluna Casa Lar: Um novo Lar

Nas entidades de acolhimento de jovens/adultos com deficiência, muitos foram abandonados por suas famílias – ainda na fase de criança ou adolescência, por preconceito, rejeição ou carência de recursos financeiros. Outros, que chegaram a ter uma convivência familiar efetiva, possuem pais ou responsáveis falecidos e não conseguem contar com outro integrante da sua família extensa.

No decorrer dos anos de trabalho realizado na Casa Lar Dona Meca I, observamos que a expectativa de vida dos acolhidos vai aumentando, uma vez que – durante o acolhimento institucional – os acolhidos contam com um acompanhamento médico especializado, atendimentos com diversas terapias, um ambiente organizado, limpo e uma rotina estruturada por uma equipe que se preocupa com bem-estar físico e mental de cada um. Com isso, apresentou-se uma nova realidade quando os acolhidos da C. L. Dona Meca I começaram a completar 18 anos.

Não sendo possível manter a permanência destes acolhidos que completaram maioridade, viu-se a necessidade de ampliar o trabalho para atendimento de jovens/adultos. Assim, surgiu a Casa Lar Dona Meca II, com o objetivo de garantir a continuidade do cuidado aos acolhidos na C. L. Dona Meca I e acolher novos jovens e adultos com deficiência, objetivando proporcionar um ambiente seguro e acolhedor.

 

Texto escrito por Jéssica Souza Coordenadora Casa Lar Balthazar e Casa Lar Dona Meca I e II

Olhar do Psicomotricista sobre TEA

A maior contribuição é fazer com que os mundos externo e interno do autista não sejam vistos como um desafio constante e sim, uma forma de expressão – trabalhando as habilidades motoras e o cognitivo, para melhorar o contato com a sociedade e a qualidade de vida do indivíduo desde a fase infantil (aprendizagem) até a fase adulta (manutenção).

A falta de controle – dos seus impulsos, percepções e limites sociais – faz com que ele precise aprender como expressar suas emoções, para que estas não fiquem desorganizadas. Com isso, na Psicomotricidade, a repetição ajuda nesta organização: do controle de suas valências físicas e cognitivas.

Este trabalho não visa melhorar somente o comportamento da criança, mas também suas relações – já que, no autismo, pode-se perder relações sociais, orgânicas e motoras, que o comportamento foca em si mesmo.

Em nosso atendimento, trabalhamos a coordenação motora ampla – que usa todos os membros e movimentos comuns (saltar, correr, andar e etc). Temos, ainda, a coordenação motora fina, onde usamos mais as mãos. Além disso, o esquema corporal – que serão experiências com o próprio corpo, para criar reconhecimento em locais, sensações, sentimentos, identificações e o que mais envolver a conscientização corporal, tudo através do lúdico e circuitos funcionais.

Concluímos que os maiores benefícios – onde poderemos observar a evolução comportamental – serão colhidos com o tempo. Mas – claro! – há também benefícios em curto espaço de tempo, como a socialização e o reconhecimento de um lugar novo, para sentir-se bem.

Texto escrito por Juliana Morais – Psicomotricista OSDM

Festa do Dia das Crianças

No dia 10 de Outubro, o “Trem da Alegria” invadiu a Dona Meca! Realizamos uma linda Festa do Dia das Crianças para nossos Beneficiários se divertirem do início ao fim – com direito a pintura no rosto, teatro de fantoches, karaokê (para os pequenos cantarem juntos com seus responsáveis) … tudo preparado com muito carinho por nossa Equipe Multidisciplinar.

A recreação ficou por conta do animador Rene, com gincanas super divertidas! Além disso, tivemos a presença especial do Chase (Patrulha Canina) e do ilustre Homem Aranha – que interagiram, dançaram e brincaram demais com todos eles. Até os responsáveis pediram para tirar uma selfie com os personagens.

E, como em toda festa de criança, não poderiam faltar: a mesa do bolo com docinhos e lanchinhos deliciosos. Foi indescritível ver a felicidade estampada em cada rosto! Desejamos que essa magia da infância nunca se perca, e que todas as crianças possam desfrutar de um mundo cheio de amor e cuidado.

Agradecemos à Laghetto Hotéis – pela doação de doces e salgados, por mais uma parceria e pelo carinho com nossas crianças. À Mapuá Salgados, por sua valorosa contribuição em quitutes.

Ao amigo Rene, que atuou como voluntário e fez o dia ficar ainda mais divertido. À Bumblebee Festas e Eventos
(com a personagem “Chase”) – que está sempre conosco em dias festivos – e ao nosso estagiário Marcos William Ardilha – pelo personagem “Homem Aranha”. E, claro, aos Responsáveis – pela linda contribuição com descartáveis. Nossa imensa gratidão a todos vocês!

Texto escrito por Marcelly Caetano – Comunicação OSDM

Festa da Primavera

No dia 14 de Setembro, tivemos a 2ª Edição da Festa da Primavera, com show do Grupo Caipirando – que trouxe o melhor da música caipira, composições autorais e MPB. As suas apresentações sempre se transformam em uma belíssima orquestra, composta por talentosos músicos e seus instrumentos.

Para dar continuidade a este evento solidário, em prol das crianças e jovens da OSDM, recebemos atrações que que abrilhantaram ainda mais a noite: a dupla de sanfoneiros – André Bitto e Caio Vargas – foi a “cereja do bolo”, com diversão e excelentes cancões. E, para fechar a noite com chave de ouro, a performance de dança de nossos queridos bailarinos José Alejandro e Andréia Simões – aplausos de pé não faltaram para eles!

Entre tantas atuações marcantes nesta ação do bem, tivemos, ainda, o Bazar Especial da Dona Meca – cheio de produtos e promoções sensacionais. E, é claro, que não poderia faltar comida deliciosa: pastéis, caldos, salgados, doces, dentre outros.

A festividade foi preparada com imenso carinho para todos que se divertiram e participaram desta corrente de solidariedade!

Texto escrito por Marcelly Caetano – Comunicação OSDM

Setembro Amarelo

A campanha Setembro Amarelo teve início em 2013, com o intuito de Conscientizar e Prevenir contra o suicídio.

A OMS divulgou, em 2019, o registro de 700 mil suicídios no mundo, onde todos os casos são de pessoas com doenças mentais principalmente não diagnosticadas ou não tratadas, ou seja, grande parte desses casos poderia ter sido evitada com tratamento e informações de qualidade.

O suicídio ainda é visto como um tabu, mas pode – e deve! – ser conversado em família, para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis busquem ajuda e entendam que a vida sempre será a melhor escolha.

Quando uma pessoa decide terminar com sua vida, ela pensa constantemente sobre o tema e é incapaz de perceber outras maneiras de enfrentar o problema.
É muito importante que as pessoas próximas saibam identificar quando alguém está cogitando/pensando em suicídio e a/o ajudem imediatamente – tendo empatia, uma escuta ativa e sem julgamentos, mostrando-se disponível para auxiliar e, principalmente, procurando um psiquiatra.

Infelizmente, tal assunto ainda não é visto como um problema de saúde pública, mas sim como uma espécie de fraqueza de conduta ou de personalidade. É primordial ressaltar que qualquer ameaça ou tentativa de suicídio deve ser levada a sério. Ajuda e apoio, nestes momentos, devem ser providenciados com urgência.

Texto escrito por Adriana Brandão – Psicóloga OSDM

Coluna Casa Lar: Reunião de Saúde

No dia 28 de Agosto, tivemos a Reunião de Saúde Trimestral, quando ocorreu o alinhamento com todos os profissionais da Área de Saúde, Equipe Médica, Técnica de Enfermagem, Supervisão, Equipe Técnica e Coordenação – para discutir os cuidados dedicados a cada pequeno e jovem dos Lares de Acolhimento Casa Lar Dona Meca I e II / C. L. Balthazar.

Na reunião, todos os processos estão em pauta, como: protocolos; cuidados diários; planejamentos; cursos e capacitações de Equipe; acompanhamento dos pedidos de acolhimento vindos do Conselho Tutelar e Vara da Infância; além de discussões acerca de temas diversos – sempre em prol da garantia dos direitos de cada criança e jovem acolhido em nossas Casinhas.

Texto escrito por Maria Izabel Souza – Psicóloga Casa Lar Dona Meca I e II