O Amor Pelo Cuidado

A Casa Lar Dona Meca é uma instituição de acolhimento para crianças e adolescentes com deficiência, tendo sua faixa etária de 0 a 18 anos. Por conta da especificidade dos seus quadros clínicos e, também, por conta da idade avançada de muitos dos acolhidos, o processo de reintegração familiar e colocação em família substituta pode se tornar lento ou até mesmo não acontecer.

Esse fato traz uma enorme importância e responsabilidade para aqueles que estão na linha de frente dos cuidado a essas crianças e adolescentes: Os cuidadores, técnicos de enfermagem, terapeutas e demais profissionais que os atendem. Estes profissionais acabam assumindo também a função de referência afetivas para todos que vivem na unidade de acolhimento.

Quando uma criança encontra a sua tão esperada família, toda nossa equipe vibra de felicidade. No início deste mês, um dos nossos acolhidos finalmente encontrou o seu lar e começou uma nova trajetória ao lado da família. Por outro lado, na primeira semana de agosto, a Casa Lar Dona Meca recebeu mais um bebê para acolher.

E o nosso trabalho não para. A cada dia que passa, buscamos intensificar os cuidados já ministrados a todos aqui e, também, nos preparar para receber outras crianças que necessitam desse amparo. Dessa forma, fica o nosso agradecimento e incentivo a toda a equipe que zela por essas crianças e adolescentes para que saibam que o seu sorriso e seu carinho significam demais para eles, que como todos os seres humanos, se beneficiam e crescem com a troca de amor.

Semana Esportiva OSDM

Em julho, a Obra Social Dona Meca realizou a “Semana Esportiva OSDM”. Com o objetivo de melhorar a socialização das crianças, foram organizados “mini eventos esportivos” que pudessem atender os pequenos e jovens da casa de forma segura e divertida.

As atividades ajudam a melhorar a autoestima, o convívio social e, consequentemente, a qualidade de vida. Cada item dessa lista se encaixa como um quebra-cabeça. Respeitar as limitações, adequando modalidades e objetivos pessoais são imprescindíveis, além do acompanhamento e atenção na execução dos movimentos. É importante estimular sempre o desenvolvimento da potencialidade individual.

O Esportes Sem Limites – Projeto em execução na OSDM até Dezembro de 2022 – atende diretamente 120 crianças e jovens beneficiários da Obra Social, além de, indiretamente, suas famílias. Com o apoio da Aché, Engie e Sul América, através do incentivo fiscal do Programa Pronas PcD (Ministério da Saúde), o Projeto tem como objetivo promover – por meio de atividades paradesportivas e psicomotoras – a habilitação, a reabilitação e a inclusão social de 120 crianças e adolescentes com deficiência, em contexto multidisciplinar, visando a inclusão social, o desenvolvimento psicomotor e cognitivo, e a melhoria da qualidade de vida.

Ao todo, são 13 profissionais. A equipe conta com 4 esportes, sendo eles: Capoeira, Dança, Desporto e Natação. 4 Terapias, sendo elas: Fisioterapia Motora, Pedagogia, Psicologia e Psicomotricidade; além de Serviço Social e Atividades de Apoio.

São vários os aspectos positivos. O esporte melhora a condição cardiovascular dos pequenos, aprimora a força, a agilidade, a coordenação motora, o equilíbrio e o repertório motor. No aspecto social, o esporte proporciona a oportunidade de sociabilização entre crianças com e sem deficiências, além de torná-los mais independentes no seu dia a dia. No aspecto psicológico, o esporte melhora a autoconfiança e a autoestima, tornando-as mais otimistas e seguras para alcançarem seus objetivos.

 

Texto escrito por: Luiza Mattos – Comunicação e Marketing da Obra Social Dona Meca | E-mail: l.mattos@osdm.org.br

Desfile Junino

Ainda vivemos tempos difíceis em função da pandemia… E estamos sempre nos questionando, nos provocando a respeito de como proporcionar as melhores experiências aos nossos pequenos.

 

É chegado o mês de Junho e, junto com ele, a saudades de umas de nossas melhores e maiores comemorações do ano.

 

Um Desfile Junino foi promovido na Obra Social Dona Meca, onde nossas crianças e terapeutas, nos dias de seus atendimentos, puderam vir vestidos a caráter e, quando menos esperavam, eram convidados a seguir a Oficina de Dança nos corredores da Instituição, através de um singelo desfile. Acompanhados de uma boa música caipira e muita dança, seguimos com todos os protocolos da pandemia.

 

Com isso, queremos manter a cultura nordestina – que é tão presente em nossas vidas – cada vez mais viva, oferecer experiências inesquecíveis aos pequenos, jovens e famílias da OSDM e, por meio desta socialização tão rica de afeto e tradição, alegrar e contaminar ainda mais de amor a nossa Casa. Viva São João!

Hora do Lanche na Casa Lar Balthazar

Na Casa Lar Balthazar, são atendidas crianças de 0 a 06 anos de idade, totalizando 20 vagas. 

O público atendido pela Instituição é caracterizado por crianças – oriundas de famílias de baixa renda ou que apresentem algum histórico de maus-tratos, abandono, negligência ou outro motivo que justifique o acolhimento – encaminhadas pela Vara da Infância e Conselho Tutelar, em regime de urgência.

Além delas, suas famílias também são assistidas por nossa equipe de profissionais, que fornece informações, atende casos de responsáveis que necessitem de apoio psicológico e outras orientações.

O caráter “residencial” desta Instituição contribui para a participação e a inserção das crianças na comunidade, incentivando a preservação dos vínculos familiares ou promovendo a inserção em família substituta.

As crianças acolhidas na Casa Lar Balthazar recebem atendimento na Sede da Obra Social Dona Meca, através de atividades terapêuticas, sociopedagógicas, esportivas e de inclusão social, que possuem, como objetivo, promover o desenvolvimento de suas habilidades e sua maior independência – resgatando sua autoestima, cidadania, interação social e contribuindo para uma melhor qualidade de vida.

Em relação à rotina das crianças, os horários das atividades são elaborados pela Equipe Técnica e Equipe de Cuidadores, levando em consideração a observação e experiência destes profissionais.

Vale ressaltar que os horários e dias das terapias realizadas na OSDM são programados de acordo com a demanda da Instituição de acolhimento, considerando a logística da Casa e se a criança está frequentando a unidade escolar ou não. 

E, por último, destacamos: as atividades pedagógicas contidas no dia-a-dia das crianças visam o reforço no aprendizado e a realização de atividades que contribuam para seu desenvolvimento físico, motor, emocional, cognitivo e social. 

Tais ações têm como foco o direito da criança ao seu pleno desenvolvimento integral.

Texto escrito por: Jéssica da S. Souza – Assistente Social  | OSDM – Casa Lar Balthazar

A Importância do Esporte Paralímpico – Time Meca

 

A atividade esportiva contribui não só para o desenvolvimento físico, como também é uma poderosa ferramenta de ajuda na reabilitação e inclusão social de pessoas com deficiência. Mais do que isso: o esporte pode transformar tanto a vida de uma pessoa com deficiência que, em pouco tempo de prática, ela pode estar representando o Brasil em um dos maiores eventos esportivos do mundo, como as Paralímpiadas!

O esporte, além de trabalhar o físico – possibilitando uma vida mais sadia – também atua na conexão social, seja entre colegas que estão participando de uma mesma atividade, como também na relação aluno-professor. O Time Meca – Projeto em execução na OSDM até janeiro de 2022 – atende diretamente 100 crianças e jovens beneficiários da Obra Social, além de, indiretamente, suas famílias. Com o apoio da Eletrobras e Itaú, através do incentivo fiscal da Lei do Incentivo ao Esporte – Secretaria Especial do Esporte / Ministério da Cidadania, o Projeto tem o objetivo de promover – por meio de atividades paradesportivas e psicomotoras – a habilitação e reabilitação de crianças e adolescentes com deficiência, em contexto multidisciplinar, visando sua inclusão social, desenvolvimento psicomotor e melhoria da qualidade de vida. 

Os objetivos específicos incluem favorecer bem estar físico e mental; estimular aspectos afetivos, educacionais e sociais, a partir da prática do esporte, bem como a melhoria do relacionamento interpessoal dos participantes. Ao todo, são 12 profissionais. A Equipe conta com 3 esportes, sendo eles: Natação, Bocha e Judô; 5 terapias: Terapia Ocupacional I e II, Fisioterapia Motora, Psicomotricidade Aquática e Hidroterapia; além de Serviço Social e Atividades de Apoio.

Que venham as Paralimpíadas de Tóquio 2021!
E reforcem a todos o quanto abraçar uma atividade física pode transformar o dia a dia de nossos pequenos e jovens!

 

Texto escrito por: Luiza Mattos – Comunicação e Marketing da Obra  Social Dona Meca

 l.mattos@osdm.org.br

Dia do Hambúrguer com a BE Capital

Dia do Hambúrguer com a BE Capital

No dia 28 de Maio, comemora-se o Dia do Hambúrguer!

Neste dia, realizamos uma entrega destes saborosos sanduíches, às crianças, na OSDM! Reunimo-nos aos beneficiários, seus responsáveis e funcionários da BE Capital em sentimento de gratidão, para celebrarmos esta data tão deliciosa e, ainda, em forma de reconhecimento à força de vontade – e consequente evolução! – dos nossos pequenos, em meio a tempos tão difíceis.

A principal atração do dia – claro! – foram os hambúrgueres, batatas fritas e refrigerantes (ao todo, foram 36 combos doados pela empresa). Após a entrega dos sanduíches, os colaboradores da BE Capital foram visitar o abrigo Casa Lar Dona Meca. “Foi possível ver a alegria das crianças e adolescentes. Os sorrisos contagiaram, e, certamente, demonstraram a todos nós o quanto é gratificante realizar estes eventos. Foi um prazer contribuir e participar com vocês. Continuem mudando o mundo para melhor.” declarou Tom Santos, CMO da BE Capital.

Agradecemos a esta Companhia do ramo financeiro e imobiliário que empenhou-se e, com sentimento genuíno, doou tais kits a alguns de nossos pequenos e jovens. Além disso, muito obrigado pela presença e parceria dos responsáveis, que acompanharam, compartilharam conosco este momento de felicidade/empatia e ressaltaram o trabalho de todos os envolvidos na realização deste ato.

Texto escrito por Leonardo Rocha – Membro do Setor de Sustentabilidade da Obra Social Dona Meca – contato: l.rocha@osdm.org.b

Dia do Hambúrguer com a BE Capital

Dia do Hambúrguer com a BE Capital

Semana de Orientação da Pedagogia

Semana de Orientação da Pedagogia OSDM

Já estamos no segundo ano de uma vivência que jamais esperávamos que teríamos. Momentos como este, seja individual ou coletivamente, nos requerem um olhar sobre a vida com responsabilidade e maturidade, para não esbravejarmos contra aquilo que não podemos mudar e valorizar o que podemos fazer por nós mesmos (e ao nosso próximo!).

Sabemos que as coisas estão no modo: “tá difícil!”. Mas, este novo “modo” de vivermos não deve ser motivo para procrastinarmos, o que, aliás, somos mestres em fazer. Diante deste quadro geral e das observações inerentes ao trabalho realizado na Obra Social Dona Meca, a pedagogia percebeu a necessidade de falarmos sobre: “Rotina”. O tema abordado, na Semana de Orientação, foi “A Importância da Rotina para o Desenvolvimento Infantil” e, apesar do enfoque ser maior nas crianças, falamos, também, em como os pais podem impactar positiva ou negativamente em suas próprias vidas – e nas de seus filhos.

Conversamos sobre pontos importantes no desenvolvimento infantil e o impacto que a falta de uma prática costumeira pode trazer em vários âmbitos, sejam eles físicos, cognitivos, emocionais e, até mesmo, bioquímicos/metabólicos. Enfatizamos a importância de uma alimentação regrada, tanto do ponto de vista dos intervalos entre as mesmas, quanto na qualidade dessa alimentação. Outro ponto importante é o sono e como horários desregrados causam mudanças de humor, comportamento e aprendizagem. Também conversamos sobre como as telas (tablet, celulares e computadores) entraram fortemente nessa rotina – lembrando que é necessário conversar com os pequenos sobre o uso funcional, o que antes estava ligado somente ao prazer dos jogos/vídeos e o equilíbrio no tempo de permanência dessas ferramentas.

O último item abordado nesta Semana de Orientação – mas não menos importante! – tratou de: dentro deste tempo organizado, não esquecermos do tempo livre, para a criança fazer “o nada”. Oferecer a ela brinquedos e brincadeiras, o quanto for possível longe das telas longe das telas (o máximo possível), que estimulem a coordenação motora, o espírito de equipe, o “ganhar e perder” e, principalmente, através desses momentos, enriquecer a relação com a própria família.

Texto escrito por Tânia Oliveira – Pedagoga da Obra Social Dona Meca – contato: t.oliveira@osdm.org.br

Luto

Uma Conversa sobre Luto

Nos tempos atuais, lidamos com diversas perdas, dentre elas, a morte de pessoas queridas por nós. Este é um evento estressor na vida das pessoas, que gera sofrimento e diversas alterações, sejam elas psicológicas, fisiológicas ou comportamentais. O luto é um estado emocional de tristeza, uma sensação de vazio. As crenças sobre a perda de um ente querido são reforçadas pelo entendimento que o indivíduo estabelece com a morte.

É importante entendermos que o luto é um processo e que cada um precisa de um tempo de elaboração. Geralmente, passamos por estes cinco estágios, a saber:

  • Negação – recusa a confrontar a situação;
  • Raiva – revolta, questionamentos, busca de culpados;
  • Barganha – tentativa de negociar ou adiar a morte, desejo de ultima chance;
  • Depressão – repensar, processar a vida e o que foi feito ou deixou de fazer;
  • Aceitação – maior serenidade frente ao fato de morrer, expressar de forma mais clara os sentimentos, frustrações e dificuldades. 

A compreensão da criança sobre a morte difere do adulto: antes dos 3 anos, este entendimento é apenas de ausência e falta.

Em seguida, esta começa a se perguntar: “se foi culpa sua”, “se palavras ou pensamentos evitariam a morte” e, só depois, começa a entendê-la como algo inevitável. Então, conforme amadurece cognitivamente, apropria-se deste conceito. É importante escutar e permitir que ela fale sobre o assunto, pois o que gera sofrimento não é falar sobre a morte e sim a morte em si. É importante escutar e permitir que ela fale sobre o assunto, pois o que gera sofrimento não é falar sobre a morte e sim a morte em si.

Algumas orientações válidas para lidar com as crianças são:

  • Seja direto e não omita a verdade, poupando apenas os detalhes desnecessários;
  • Tome cuidado com conceitos vagos para não confundir ainda mais a criança;
  • Não esconda sua tristeza, valide este sentimento e esteja aberto a falar sobre isso;
  • Faça um momento simbólico de despedida independente de comparecer ao velório;
  • Procure retornar a rotina da criança assim que possível.

Texto escrito por Nívea D’Alincourt – Psicóloga da Obra Social Dona Meca – contato: n.dalincourt@osdm.org.br

UMA NOITE AO SOM DA VIOLA!

No dia 21 de setembro, realizamos nossa 3ª Noite de Caldos, já tradicional na programação da OSDM. Foi uma noite muito agradável e familiar, onde tivemos a oportunidade de compartilhar alegria com todos que compareceram e vieram prestigiar o evento.

Foram servidos caldos de inúmeros sabores, que agradaram a todos os nossos convidados. Além disso, tivemos também: sobremesas, salgados e muita comida boa para embalar a nossa noite. Os presentes aproveitaram para fazer compras no Bazar e no Brechó que estavam com um espaço destinado a eles.

Nossos convidados dançando em nossa terceira noite de caldos

Para dar mais vida a festa tivemos duas apresentações: a primeira do Fábio Rocha (Cantor e Compositor), que embalou nossos convidados ao som da MPB. E contamos, mais uma vez, com a presença do Grupo Carioca de Viola “Caipirando”, que possui cerca de trinta músicos. O grupo surgiu em 2010 com o objetivo de aprendizagem da viola e se transformou em um dos projetos de celebração à cultura caipira. Atualmente, o grupo tem repertório constituído por clássicos, além de composições autorais. O Projeto Caipirando tem como objetivo levar, para a cidade maravilhosa, o universo cultural e original da música sertaneja, com a tradicional viola. Aos sons da Viola do Grupo, os convidados da OSDM curtiram de tudo um pouco. Foi, de fato, um dia onde ninguém conseguiu ficar parado, a exemplo de Dona Dina Gomes, de 92 Anos, que com o apoio de seu andador, dançou e brincou durante toda a apresentação do grupo: a mesma disse ter “gostado muito da festa!” E, para terminar o espetáculo com chave de ouro, um grupo de crianças participantes do evento – fez uma apresentação única e exclusiva para toda a platéia, com o apoio de violeiros e do berrante do Caipirando.

 

Dona Dina Gomes

Dona Dina Gomes

 

Entrevistamos, ainda o professor Henrique Bonna – membro e porta-voz do Caipirando – e ele nos contou sobre a experiência de participar e tocar na 3ª Noite de Caldos da OSDM: “Foi muito bonito e ficamos agradecidos de poder tocar e fazer parte pela terceira vez desse evento que, a cada ano, vem crescendo mais. O pessoal que compareceu estava com uma energia muito boa. Essa casa merece, faz um trabalho muito bonito e importante para a nossa sociedade, para o Rio de Janeiro… merece isso e muito mais”.

A 3ª Noite de Caldos da OSDM foi um sucesso e isso se deve a todos que abraçaram a causa, aos que vieram e trouxeram seu amigos e familiares, a todos que se voluntariaram para realização do evento, aos que ajudaram compartilhando, convidando, divulgando. Assim, gostaíamos de agradecer a todos os envolvidos por mais este dia de alegria e celebração em prol de nossa casinha do bem!

Texto escrito por Leonardo Rocha – Voluntário do Setor de Comunicação e Marketing da Obra Social Dona Meca – contato: l.rocha@osdm.org.br

RESSIGNIFICANDO O CONTEÚDO PEDAGÓGICO

A Pedagoga Tânia de Oliveira foi convidada pela Universidade Estácio de Sá para ministrar uma aula sobre sua experiência com crianças com deficiência. A mesma ocorreu no dia 25 Setembro, às 20h, no Campus R9 Taquara.

A aula foi baseada em três temáticas: acolhimento da família, apoio de equipe multidisciplinar e conteúdo pedagógico adaptado.

Quando falamos de acolhimento estamos, não apenas, nos referindo à criança com deficiência, mas também à sua família. É muito comum o relato dos pais temerosos em deixarem seus filhos em uma sala de aula, com mais de uma dezena de crianças e uma pessoa que eles jamais viram na vida. O diálogo entre o profissional e a família é de fundamental importância durante a adaptação e ao longo do ano letivo.
As especificidades vão muito além dos diferentes tipos de deficiência. Cada pessoa, ainda que com a mesma deficiência, apresenta características diferentes, além dos traços individuais, níveis de funcionalidade e de personalidade.

Então, a Equipe Multidisciplinar vem trazer, para a Instituição de Ensino, as características daquela criança. Em contrapartida, é necessário que esta Equipe compreenda que a Escola é autônoma em suas decisões. E como evitar o conflito? A Escola deve compreender que haverá necessidade de adaptações para trabalhar com aquele aluno com deficiência. Em paralelo, a Equipe Multidisciplinar não pode transformar a sala de aula em uma sala terapêutica. E mais uma vez, caímos na máxima: “Dialogar é preciso”!

O conteúdo pedagógico precisa ser ressignificado.

Existe uma ideia no imaginário coletivo de que “aprender a ler e escrever é o que determina um bom trabalho pedagógico”. Acontece que algumas crianças podem não alcançar esse objetivo. Porém, é preciso ressaltar que muitas outras habilidades e conhecimentos podem ser desenvolvidos e/ou adquiridos.
A dúvida dos futuros profissionais sobre esse tema está em como mostrar aos pais o trabalho realizado, uma vez que muitos não têm atividades em folhas.
Uma das saídas é uma nova forma de dar a devolutiva aos pais, como por exemplo, relatórios em fotos e vídeos.

E o mais importante: a relação interpessoal entre os profissionais de educação com seus alunos. A criança não compreende que o sistema pouco contribui para sua inclusão. O que ela realmente sente são as relações interpessoais com seus professores e demais funcionários, bem como com seus colegas de sala.

Texto escrito por Tania Oliveira – Pedagoga da Obra Social Dona Meca – contato: t.oliveira@osdm.org.br