Formatura do Lucas Lino

Lucas Lino de Holanda poderia ter o sobrenome trocado para Lucas Lindo. Pois seu sorriso contagiante, seu bom humor e seu jeito carinhoso inundaram os corredores da Obra Social Dona Meca por muitos e muitos anos.

Iniciou seu atendimento no ano de 1998, quando ainda era um bebê. Por aqui, passou por quase todas as terapias, projetos esportivos e culturais que a OSDM ofereceu.

Lucas era trazido por sua grande heroína (como ele mesmo diz) e protagonista de sua história… Seu grande exemplo de vida, a pessoa mais batalhadora que ele conhece, que nunca fugiu à luta e sempre buscou superar as dificuldades que encontrava no caminho: sua avó Miriam. Uma pessoa que jamais poderíamos deixar de citar neste texto em homenagem ao querido Lucas.

Ele esteve conosco até completar 18 anos, a data limite para os atendidos na Obra Social Dona Meca.

Por todo este tempo, tivemos o privilégio de acompanhar e fazer parte de sua trajetória de vida. Assim, vimos um bebê se tornar um menino, o menino se tornar um rapaz e, hoje, o rapaz que se tornou um grande homem.

Para nossa alegria, terminou sua faculdade de Administração, em Dezembro de 2020.

E se, aqui, estamos falando dele – e consequentemente da Miriam! – é porque queremos que as nossas crianças e suas famílias compartilhem desse exemplo e que possam realizar muitos dos seus sonhos.

A limitação que não as deixam seguir adiante não é física ou intelectual. Mas, sim, formada por obstáculos como os impostos pela nossa sociedade – que, em sua maioria, ainda não enxerga a pessoa com deficiência com condições de avançar em seus estudos e trabalhos, formar sua própria família e, assim, conquistar cada vez mais autonomia.

Texto escrito por Tânia de Oliveira – Pedagoga da Obra Social Dona Meca – contato: t.oliveira@osdm.org.br

 

 

Volta às aulas

Ano letivo iniciando… papais e mamães estão extremamente preocupados sobre como será a volta às aulas.

No dia 29 de Janeiro, a Pedagogia da OSDM realizou uma reunião online com os responsáveis das crianças. Este encontro teve como objetivo conversar sobre o retorno às aulas presenciais e tirar dúvidas dos mesmos.

Dividimos um pouco das informações difundidas pelos pais no âmbito da educação e saúde. Porém, o foco da conversa foi: como nos prepararmos para este “tão famoso novo normal”.

Como citado numa frase, a qual desconheço autoria: “estamos todos na mesma tempestade, mas em barcos diferentes”. Por isso, o ideal, neste momento, é termos a consciência de que, como cidadãos, temos que seguir os protocolos sanitários determinados pelas entidades responsáveis e, ainda, cobrá-los, para que fiscalizem e que cumpram-se dentro de cada escola.

Ao longo deste tempo de pandemia, vimos as pessoas cobrando-se sobre posturas corretas de prevenção. Mas poucas autoavaliaram-se para compreenderem qual o seu papel neste tempo tão diferente.

Só retornarão as escolas que se capacitarem para oferecer todos os protocolos sanitários impostos ao bom funcionamento das mesmas. Serão oferecidas duas modalidades: presencial e remota.

Diante de tantas incertezas, duas situações ficam muito claras: precisamos preparar as crianças com relação aos novos hábitos – tentando fazer com que estes sejam aprendidos e habituados dentro de casa, de forma lúdica e gradativa. E, segundo: para aqueles que não se sentirem confortáveis junto à volta presencial, as aulas remotas continuarão.

Precisamos acalmar nossos corações e deixar com que a razão observe tudo que está sendo dito, com a clareza e transparência necessárias para tomada de decisão, que por fim, será de cada família e sua realidade.

Texto escrito por Tânia de Oliveira – Pedagoga da Obra Social Dona Meca – contato: t.oliveira@osdm.org.br

 

 

 

Por uma cultura de saúde mental

As campanhas que associam cores aos meses têm feito grande sucesso ao engajar pessoas em torno de temas relacionados à saúde e que merecem a nossa atenção. O Outubro Rosa, por exemplo, conscientiza sobre a importância do combate ao câncer de mama, enquanto o Junho Vermelho incentiva a doação de sangue. Nesse sentido, o Janeiro Branco ganhou ainda mais força em 2021.

Com a virada do ano, é comum que as pessoas estabeleçam metas e objetivos para alcançar seus sonhos ou, de uma forma mais geral, melhorar sua qualidade de vida. Não é à toa que as empresas têm investido cada vez mais esforços para trazer esse debate ao ambiente de trabalho.

A campanha “Janeiro Branco”

O Janeiro Branco é uma campanha que convida as pessoas a refletirem sobre a saúde mental. O objetivo é colocar esse tema em evidência, promovendo a conscientização sobre a importância da prevenção ao adoecimento emocional — algo que gera impactos preocupantes em nossa sociedade.

Uma humanidade mais saudável pressupõe uma cultura da Saúde Mental no mundo!

Texto escrito por Leonardo Rocha – Membro do Setor de Sustentabilidade da Obra Social Dona Meca – contato: l.rocha@osdm.org.br

 

LISTA DE NECESSIDADES URGENTES OSDM

Nós, da Obra Social Dona Meca (em nome de nossas crianças e adolescentes – PcDs e em vulnerabilidade social, principalmente, as(os) que estão exclusivamente sob nossos cuidados, acolhidas(os) em um dos 2 abrigos mantidos pela OSDM), contamos com o apoio de todos os nossos amigos.

Neste momento, com a pandemia causada pelo Coronavírus (COVID-19), as doações de alimentos, limpeza, higiene e recursos financeiros diminuíram consideravelmente.

Nossa lista de necessidades urgentes:

 

 

 

Por isso, caso você queira nos ajudar doando itens, nossos endereços e horários de entrega são os abaixo.

 

Para doações em dinheiro, seguem os meios disponíveis:

 

 

 

Paz, bem e saúde a todos nós! Pensemos no coletivo. Cuidemos uns dos outros. Gratidão, reflexão e ressignificação!

O ASSUNTO É: AUTISMO

“O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância. São elas: Autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil, Autismo de Kanner, Autismo de Alto Funcionamento, Autismo Atípico, Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação, Transtorno Desintegrativo da Infância e a Síndrome de Asperger.

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 (referência mundial de critérios para diagnósticos), pessoas dentro do espectro podem apresentar déficit na comunicação social ou interação social (como nas linguagens verbal ou não verbal e na reciprocidade socioemocional) e padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais. Todos os pacientes com autismo partilham estas dificuldades, mas cada um deles será afetado em intensidades diferentes, resultando em situações bem particulares. Apesar de ainda ser chamado de autismo infantil, pelo diagnóstico ser comum em crianças e até bebês, os transtornos são condições permanentes que acompanham a pessoa por todas as etapas da vida.

Entenda

As causas do TEA não são totalmente conhecidas, e a pesquisa científica sempre concentrou esforços no estudo da predisposição genética, analisando mutações espontâneas que podem ocorrer no desenvolvimento do feto e a herança genética passada de pais para filhos. No entanto, já há evidências de que as causas hereditárias explicariam apenas metade do risco de desenvolver TEA. Fatores ambientais que impactam o feto, como estresse, infecções, exposição a substâncias tóxicas, complicações durante a gravidez e desequilíbrios metabólicos teriam o mesmo peso na possibilidade de aparecimento do distúrbio.

O TEA afeta o comportamento do indivíduo, e os primeiros sinais podem ser notados em bebês de poucos meses. No geral, uma criança do espectro autista apresenta os seguintes sintomas:

– Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, expressão facial, gestos, expressar as próprias emoções e fazer amigos;

– Dificuldade na comunicação, optando pelo uso repetitivo da linguagem e bloqueios para começar e manter um diálogo;

– Alterações comportamentais, como manias, apego excessivo a rotinas, ações repetitivas, interesse intenso em coisas específicas, dificuldade de imaginação e sensibilidade sensorial (hiper ou hipo).

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 rotula estes distúrbios como um espectro justamente por se manifestarem em diferentes níveis de intensidade. Uma pessoa diagnosticada como de alta funcionalidade apresenta prejuízos leves, que podem não a impedir de estudar, trabalhar e se relacionar. Um portador de média funcionalidade tem um menor grau de independência e necessita de algum auxílio para desempenhar funções cotidianas, como tomar banho ou preparar a sua refeição. Já o paciente de baixa funcionalidade vai manifestar dificuldades graves e costuma precisar de apoio especializado ao longo da vida.

Por outro lado, o diagnóstico de TEA pode ser acompanhado de habilidades impressionantes, como facilidade para aprender visualmente, muita atenção aos detalhes e à exatidão; capacidade de memória acima da média e grande concentração em uma área de interesse específica durante um longo período de tempo.

Cada indivíduo dentro do espectro vai desenvolver o seu conjunto de sintomas variados e características bastante particulares. Tudo isso vai influenciar como cada pessoa se relaciona, se expressa e se comporta.”

O símbolo do autismo é o quebra-cabeça, que denota sua diversidade e complexidade.

 

 

Fonte do texto:www. https://autismoerealidade.org.br/o-que-e-o-autismo/