Olhar do Psicomotricista sobre TEA

A maior contribuição é fazer com que os mundos externo e interno do autista não sejam vistos como um desafio constante e sim, uma forma de expressão – trabalhando as habilidades motoras e o cognitivo, para melhorar o contato com a sociedade e a qualidade de vida do indivíduo desde a fase infantil (aprendizagem) até a fase adulta (manutenção).

A falta de controle – dos seus impulsos, percepções e limites sociais – faz com que ele precise aprender como expressar suas emoções, para que estas não fiquem desorganizadas. Com isso, na Psicomotricidade, a repetição ajuda nesta organização: do controle de suas valências físicas e cognitivas.

Este trabalho não visa melhorar somente o comportamento da criança, mas também suas relações – já que, no autismo, pode-se perder relações sociais, orgânicas e motoras, que o comportamento foca em si mesmo.

Em nosso atendimento, trabalhamos a coordenação motora ampla – que usa todos os membros e movimentos comuns (saltar, correr, andar e etc). Temos, ainda, a coordenação motora fina, onde usamos mais as mãos. Além disso, o esquema corporal – que serão experiências com o próprio corpo, para criar reconhecimento em locais, sensações, sentimentos, identificações e o que mais envolver a conscientização corporal, tudo através do lúdico e circuitos funcionais.

Concluímos que os maiores benefícios – onde poderemos observar a evolução comportamental – serão colhidos com o tempo. Mas – claro! – há também benefícios em curto espaço de tempo, como a socialização e o reconhecimento de um lugar novo, para sentir-se bem.

Texto escrito por Juliana Morais – Psicomotricista OSDM

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