A atuação da Terapia Ocupacional no TEA
O autismo (TEA) é um transtorno geralmente identificado na primeira infância, caracterizado pela dificuldade na comunicação, na socialização e alterações comportamentais como hiperfoco, movimentos repetitivos e interesses restritos.
Recomenda-se que as intervenções terapêuticas multidisciplinares sejam iniciadas precocemente, a fim de minimizar os déficits comuns ao diagnóstico.
Um dos profissionais que atuam com a clientela com TEA é o Terapeuta Ocupacional. Esse profissional será responsável por avaliar e elaborar um plano terapêutico que favoreça o desempenho ocupacional do indivíduo.
Dessa forma, buscam-se as melhores alternativas e abordagens baseadas na realização de atividades significativas para o sujeito, que estimulem as habilidades de desempenho, favoreçam o aumento da independência e autonomia no cotidiano.
Na infância, o foco do trabalho do T.O. é intervir no brincar, uma vez que, comumente, as crianças com TEA apresentam limitações nesta área. O brincar, então, se torna ferramenta e finalidade para o Terapeuta Ocupacional, uma vez que as intervenções são realizadas de forma lúdica.
As crianças que apresentam dificuldade na realização das Atividades de Vida Diária (AVDs) – como alimentação, higiene pessoal e vestuário – recebem treinamento para ampliar sua participação nestas ações, assim como as famílias recebem orientação de como realizar a estimulação no lar.
Além das questões relacionadas ao desempenho ocupacional, é importante ressaltar que as crianças e adolescentes com TEA podem apresentar alterações sensoriais significativas, que podem comprometer sua funcionalidade e socialização. Sendo assim, o T.O. será o profissional indicado a avaliar, traçar o perfil sensorial do paciente e intervir com abordagens específicas à área.
Texto escrito por Amanda Portella da Silva – Terapeuta Ocupacional da OSDM.