MÊS AZUL E CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO

Abril é um mês muito especial e conhecido em inúmeros lugares pela cor azul. Isso se deve ao segundo dia do mês, quando nós celebramos o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Como formas das mais diversas ações em prol da Conscientização, existem atividades no mundo todo. Alguns exemplos são a Tradicional Caminhada do Autismo (na orla da Zona Sul do Rio de Janeiro) e, até mesmo, o Cristo Redentor, símbolo do Rio de Janeiro, que por muitas vezes teve a sua Iluminação na cor azul para chamar atenção a este debate.

Pensando em desenvolver um pouco mais este assunto, fizemos uma matéria sobre o tema.

Para começar a conversa, falamos com Cíntia mãe de Davi Abrahão, 7 Anos, atendido Pela OSDM desde Junho de 2017.

Cíntia, como você descobriu que seu filho tem Transtorno do Espectro Autismo?

“Recebi o diagnóstico de autismo do meu filho quando ele tinha 3 anos , mas bem antes disso, meu coração já sabia que ele era autista.”

Davi na Escola

Há quanto tempo ele é atendido na OSDM? Você tem notado melhoras desde então?

“Ele está na Obra Social Dona Meca desde Junho de 2017 e de Fevereiro 2018 no Centro de Autismo. As melhoras são tão evidentes que não somente a família percebe, mas todos que convivem com ele nos ambientes que frequentamos conseguem notar. O contato visual e a percepção do mundo à sua volta são os ganhos mais evidentes .”

Cíntia, na sua opinião, qual é a importância de datas como esta?

“O Dia Mundial do Autismo é o dia em que o foco sobre o tema é maior. É uma oportunidade para informar as pessoas sobre o que é o autismo . O preconceito existe , é real, corriqueiro e acontece exatamente porque as pessoas não estão muito bem informadas. Preconceito tem cura e acredito que o remédio é informação !”

Neste momento, podemos ver uma grande coesão nos pontos de vista de Cíntia e Raquel Gomes (Fonoaudióloga da Instituição – que atua no CDA) :

“A importância do Dia Mundial da Conscientização do Autismo é justamente esta: conscientizar, tornar comum o que é desconhecido. Pois, quando tornamos comum, nós diminuímos o preconceito. Quando as pessoas sabem do que se trata, elas olham com um olhar diferente. Hoje, nós já temos algumas conquistas dentro das escolas, já temos um olhar diferenciado em alguns lugares, temos a fila preferencial pra pessoas com autismo. A gente já tem conquistado algumas coisas por expor o que é, por expor como funciona. Aí, as pessoas passam a entender.”

Para Ilustrar um pouco sobre essas pequenas mudanças, a Raquel trouxe um exemplo que ocorreu dentro do CDA – Dona Meca. Foi quando o João (um pequeno que já passou pelo Centro) comemorou seu aniversário com outras crianças do CDA.

“A Mãe do João pediu pra comemorar o aniversário dele no Centro de Autismo (e ela trouxe bolo, vela decoração, ficou tudo muito bonitinho) e, na hora do Parabéns, eu percebi as mãe do CDA muito aflitas, pois nós iríamos cantar parabéns e cantar parabéns para eles é muito ruim. Foi então que eu pedi: ‘a gente tá comemorando a vida do João, como podemos comemorar de uma forma que ele participe da comemoração?’ Ai cantamos baixo e com menos empolgação. Eram uns 6 autistas na sala e os 6 participaram. Aí, no final, eles estavam brincando e as mães chorando, pois aquele era o quarto ou quinto aniversário do João e, pela primeira vez, ele conseguia ficar perto do bolo. Então, são coisas pequenas -que são- a partir da informação. Quando você sabe o que fazer, quando você sabe o que mudar, as vezes, é simples.”

Ao acabar seu relato, Raquel estava visivelmente emocionada.

 

Criança com Autismo

Criança com Autismo

 

Queremos aproveitar e convidar todos os nossos leitores a participarem do 1º Congresso Internacional Sobre os Transtornos do Espectro do Autismo, do dia 27 a 29 de Junho, no Hotel Windsor Barra. Para maiores informações

Congresso internacional de Autimso

Clicando aqui

 

Texto escrito por Anderson Gama – Responsável pelo Setor de Comunicação e Marketing da Obra Social Dona Meca – contato: a.gama@osdm.org.br

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