INFÂNCIA 2.0
Na última Semana de Setembro, realizamos a Semana de Orientação de Psicologia, que abordou o uso das tecnologias por nossas crianças e adolescentes.
Atualmente, sabemos que muitos pais oferecem celulares e tablets a crianças pequenas. O celular, atualmente, tornou-se uma espécie de ”nova chupeta”, já que tende a ser oferecido para as crianças quando os pais as querem mais quietas. E não apenas crianças, mas adultos também têm utilizado esses aparelhos de forma intensa ao passar do tempo. O que muitos não sabem é que a proximidade dessas telas aos nossos olhos tende a fazer com que nosso cérebro funcione de forma mais acelerada, gerando possíveis inflamações que causam variadas complicações, como irritabilidade, perda de sono, ansiedade e, até mesmo depressão. E a busca pelo prazer que o celular e telas similares oferecem pode gerar o vício em eletrônicos. Existe ainda um movimento de muitos ao tentarem fugir da realidade (por essa ser frustrante, dolorosa, difícil de lidar, entre outras questões) no mundo virtual: a adicção se instala, não sendo simples revertê-la. Vale lembrar que, no ano de 2019, quando será lançado o CID 11, pela primeira vez na história, estará o o ”Game disorder” (o vício em games) estará catalogado como patologia .
Nas crianças autistas, vemos as telas eletrônicas sendo ainda mais prejudiciais, uma vez que essas crianças tendem a desenvolver inflamações com mais facilidade. Os cérebros dos autistas podem acabam agitando-se muito mais enquanto utilizam eletrônicos, e levam mais tempo para se regularem após a utilização.
Nosso objetivo, portanto não é proibir ou difamar os importantes avanços tecnológicos da nossa sociedade, mas sim conscientizar quanto ao seu uso e sobre os seus riscos.
Texto escrito por Henrique Almeida – Psicólogo da Obra Social Dona Meca – contato: h.almeida@osdm.org.br