A INTERDISCIPLINARIDADE NO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
O trabalho realizado na Fisioterapia é potencializado devido ao planejamento unificado entre as áreas da da mesma (motora, respiratória, aquática), almejando como um todo o mesmo objetivo que a qualidade de vida e o bem estar da criança.
Faremos um breve relato sobre F. S. M., 04 anos, com diagnóstico de Encefalopatia Crônica da Infância (ECI) secundário a encefalite viral com fisiodiagnóstico de quadriparesia espástica, apresentando assimetria importante à esquerda, déficits nos aspectos motores e cognitivos, pouco controle cervical, dificuldade na postura sentada, interação limitada; quadro de pneumonia de repetição, muito secretiva, com engasgos frequentes devidos ao quadro respiratório instável (micro bronco aspiração).
F. chegou ao Setor da Fisioterapia Motora em setembro/2015. Atualmente, nota-se evolução positiva na interação, nas respostas cognitivas e no controle cervical durante a atividade. O trabalho tem enfatizado a funcionalidade do brincar em posturas com alinhamento corporal, facilitando o alcance e manuseio de brinquedos, incentivando o sentar e também a P.O (postura ortostática – em pé) com auxílio.
Iniciou no Setor da Fisioterapia Aquática em outubro/2015. No momento, realiza estímulos motores e sensoriais, postura sentada no tatame para trabalhar controle de tronco e cabeça, rotação sagital com apoio, treino vestibular na cama elástica.
O tratamento da Fisioterapia Respiratória iniciou em março/2016. Atualmente, encontra-se estável, sem internações e complicações do mesmo, menos secretiva, não apresenta mais engasgos. Melhora significativa da parte respiratória.
F. S. M está respondendo mais nas atividades propostas, encontra-se mais calma e adaptada aos setores. Além disso, sua responsável segue as orientações fornecidas, trazendo feedback das atividades de casa, facilitando e permitindo, assim, a melhora do quadro respiratório de sua filha. A interdisciplinaridade foi fundamental para alcançar o maior potencial da criança. A troca constante entre os setores facilitou a elaboração dos objetivos e, consequentemente, os ganhos terapêuticos observados.
*Texto escrito por Ana Cecília, Janaína Cazemiro e Bruna Gean – Fisioterapeutas da OSDM