25 DE MAIO: DIA NACIONAL DA ADOÇÃO
O tempo perguntou pro tempo qual é o tempo que o tempo tem. O tempo respondeu pro tempo que não tem tempo pra dizer pro tempo que o tempo do tempo é o tempo que o tempo tem. Danilo Dias
Quanto tempo a criança tem para ser criança? Para viver a infância? Para ser feliz?
A infância é a parte mais rápida da vida, dura até os 5 anos essa primeira fase[1], ou seja, levando-se em consideração que a média de idade supera os 70 anos, a infância é mínima e importantíssima para a formação da pessoa.
A primeira infância perdida é irrecuperável, seja essa perda decorrente do abandono, da negligência ou da incapacidade de exercício da parentalidade responsável por parte dos genitores biológicos da criança.
A falta de afeto e cuidado deixam marcas irreparáveis na vida da criança, daí a necessidade de serem adotadas medidas imediatas e eficazes, dentre elas a colocação daquela criança em família substituta pela via da adoção, desde que esgotadas as possibilidades de reinserção na família natural (genitores) ou extensa (familiares com os quais a criança mantenha laços de afetividade e afinidade).
É preciso que se tenha em mente que o esgotamento das possibilidades de manutenção da criança em sua família natural não pode esgotar a própria infância da criança. Ela, mais que ninguém, é o único sujeito de direitos a quem foi conferida prioridade absoluta, e tem pressa, pois sua infância é fugaz.
Os operadores da área da infância devem parar de endeusar os laços de sangue, parar de buscar laços biológicos sem afeto e propiciar a criança o seu direito à convivência familiar na modalidade da adoção.
A adoção não é a ultima possibilidade de uma criança se constituir em filho, ao contrário, pois, apenas pela adoção, e não pelo sangue, nos tornamos pais e filhos.
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* Texto escrito por Silvana do Monte Moreira – Presidente da Comissão de Adoção do IBDFAM Instituto Brasileiro de Direito de Família