VIVÊNCIAS SENSORIAIS E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Durante o mês de Outubro, foi realizada a Semana de Orientação da Terapia Ocupacional, abordando a importância das vivências sensoriais para o desenvolvimento infantil. Partimos da concepção dos responsáveis acerca das sensações e sua relevância. Através de diversas experiências sensoriais, como a identificação de objetos (a partir do tato ou degustação de alimentos com texturas e sabores variados), foi possível demonstrar, na prática, o funcionamento dos nossos sete sistemas sensoriais: visual, auditivo, olfativo, gustativo, tátil, vestibular (responsável pelo equilíbrio) e proprioceptivo (responsável pela informação do corpo no espaço).
Vivemos em um mundo sensorial e somos bombardeados de estímulos o tempo todo. Dessa forma, precisamos organizar, processar, filtrar, selecionar e descartar informações, de acordo com a sua relevância, através de um processo natural e biológico conhecido como integração sensorial. Quando não conseguimos integrar ou modular as informações sensoriais, o processamento sensorial não acontece de maneira adequada, podendo interferir na socialização, na funcionalidade e gerar alterações no comportamento. Nesses casos, o indivíduo necessitará de uma terapia com abordagem sensorial com atividades específicas para o seu perfil de alteração sensorial, uma vez que algumas crianças podem apresentar defensividade tátil, outras, insegurança gravitacional e, até mesmo, seletividade alimentar.
As vivências sensoriais devem estar presentes desde o nascimento, pois é através dos sentidos que aprendemos sobre o nosso próprio corpo e sobre o ambiente. Sendo assim, torna-se válido estimular as crianças a se envolverem em brincadeiras onde possam explorar texturas, temperaturas, sabores, identificar sons, experimentar cheiros e movimentos diversos, criando um contexto lúdico e respeitando sempre os seus limites e o seu tempo. As crianças com perfil de alteração sensorial devem ser acompanhadas por um terapeuta ocupacional, que será responsável por elaborar estratégias sensoriais que podem ser incorporadas nos ambientes domiciliar e escolar, a fim de minimizar os impactos gerados no cotidiano.

Texto escrito por Amanda Portella – Profissional do setor de Terapia Ocupacional da Obra Social Dona Meca – contato: a.portella@osdm.org.br
Revisão Técnica – Alexsandra Manhães. Contato: a.manhaes@osdm.org.br

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